Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Brietzke, Aline Patrícia |
Orientador(a): |
Caumo, Wolnei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/87305
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Resumo: |
Introdução: O tratamento da hepatite C crônica com intereferon dura de 48 a 72 semanas, dependendo do genótipo. Os efeitos adversos mais prevalentes são dores pelo corpo, sintomas depressivos e piora na qualidade de vida. O tratamento torna o paciente incapacitado para suas tarefas diárias e atrapalha a adesão ao tratamento. Dessa forma, faz-se necessário buscar novas alternativas para minimizar os danos tornando o tratamento menos agressivo ao paciente e diminuindo os sintomas. Objetivo: Foram testadas duas hipóteses. A primeira foi explorar se a estimulação transcraniana por corrente continua (ETCC) seria mais eficaz em pacientes tratados com interferon peguilhado (PegINF) no tratamento da hepatite C crônica do que um placebo-sham para a redução dos sintomas dolorosos avaliados por meio dos níveis de dor e do limiar de dor a pressão. A segunda foi testar se os efeitos da ETCC nos sintomas relacionados ao uso de PegINF estariam relacionados ao processo de neuroplasticidade avaliado por meio dos níveis séricos de BDNF. Métodos: Foram recrutados 28 pacientes com hepatite C crônica, destros, com idades entre 40-74 anos, com escore de dor na escala numérica acima de 4 e com e limitações funcionais para realizar atividades de rotina devido à dor. Estes pacientes foram randomizados para um dos grupos de tratamento – placebo-sham (n=14) ou ETCC ativo (n=14). O tratamento consistiu em uma sessão diária de ETCC durante cinco dias consecutivos com a estimulação de 2mA aplicada na área do córtex motor primário(M1) do lado dominante. Os instrumentos de avaliação utilizados foram questionário para avaliar nível socioeconômico e dados demográficos, Escala Analógica Visual de dor (VAS), Escala do perfil de dor crônica (B-PCP:S) e níveis séricos de BDNF. Resultados: Comparando ETCC ativo com placebo-sham, ETCC ativa apresentou escores de dor significativamente mais baixos de VAS (P<0,003). A interação entre grupo e tratamento não foi significativa (P=0,07). A ETCC ativa resultou em redução da média de dor em 56% em comparação com o placebo-sham (P<0,001). Além disso, em comparação com placebo-sham, ETCC ativa resultou em melhora significativa no limiar de dor por pressão (P = 0,007) e no B-PCP: S (P <0,001), bem como reduziu o numero de doses analgésicas (P <0,03). O grupo da ETCC ativa também teve aumento significativo do BDNF no soro a partir da linha de base que foi de 37,48% (ETCC ativo) em comparação com 1,48% (diminuição do placebo-sham), esta diferença foi significativa (P <0,01). Conclusão: Concluímos que há grande potencial de utilização dessa técnica no tratamento de pacientes com hepatite c crônica, no que diz respeito ao alívio da dor, limiar de dor e diminuição dos níveis de BDNF. |