Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Zanin, Nauíra Zanardo |
Orientador(a): |
Sattler, Miguel Aloysio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/10697
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Resumo: |
A partir da realidade encontrada em algumas comunidades da etnia Mbyá-Guarani do Rio Grande do Sul aborda-se a relação entre as construções autóctones, a sustentabilidade e as intervenções habitacionais externas. Nestes locais, de acordo com a região, são desenvolvidas diferentes soluções construtivas, utilizando os materiais disponíveis e respeitando os preceitos culturais. Porém, existem dificuldades de acesso aos recursos naturais necessários às construções. Para resolver a falta de moradias, o Governo do Estado vem realizando intervenções habitacionais, utilizando o método de desenho social participativo. Contudo, os Mbyá- Guarani seguem construindo suas casas tradicionais ao lado das intervenções. Esta dissertação tem como objetivo principal analisar comparativamente as diferentes tipologias habitacionais (a autóctone e a proveniente de intervenção externa), observadas em oito comunidades Mbyá-Guarani do estado. Como objetivos intermediários buscou-se caracterizar a situação habitacional atual e tipologias autoconstruídas observadas nas comunidades; identificar a percepção dos Mbyá-Guarani sobre as tipologias autóctones, abordando aspectos culturais, conforto, materiais e processo construtivo; apreender a visão de sustentabilidade dos Mbyá-Guarani, para analisar, adicionando os referenciais teóricos, a relação entre sustentabilidade e as construções autóctones; e identificar a percepção dos Mbyá-Guarani e não-indígenas sobre as intervenções externas. Para atingir tais objetivos, a coleta de dados em campo envolveu observações, entrevistas e levantamentos. Ao final, considera-se que as intervenções externas, apesar de necessárias, alteram o comportamento dos usuários, levando à perda da autonomia. Por outro lado, as construções autóctones fortalecem o nhande rekó (modo de vida Mbyá-Guarani). Contudo, são necessárias medidas que garantam a etno-sustentabilidade, visando viabilizar a continuidade destas construções. O reconhecimento de que as soluções autóctones respondem às necessidades culturais - sendo os Mbyá-Guarani os maiores conhecedores das técnicas, dos materiais e da importância simbólica de suas habitações - permite que as políticas públicas atendam com maior eficiência as demandas dessas comunidades. Esta é uma pesquisa inédita nesta região do país e neste núcleo de pesquisa, e vem atender uma lacuna no conhecimento, oferecendo subsídios para futuras intervenções em comunidades indígenas. |