Seguimento de polineuropatia periférica em obesos graus II e III sem diabetes (homens e mulheres na pré- e pós-menopausa) : efeito da cirurgia bariátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nienov, Otto Henrique
Orientador(a): Schmid, Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/199040
Resumo: Introdução: A polineuropatia periférica (PNP) têm sido a complicação neurológica mais comum descrita após a cirurgia bariátrica (CB). No entanto, há pouca evidência sobre o impacto da CB na incidência e progressão da PNP. Objetivos: Avaliar a incidência e a progressão da PNP em indivíduos obesos graves sem diabetes após CB por laparoscopia e identificar fatores de risco. Métodos: Neste estudo de coorte prospectivo, 322 indivíduos submetidos a CB por laparoscopia, 133 ao bypass gástrico em Y de Roux (RYGB) e 189 ao sleeve gástrico (SG), foram avaliados para PNP pelo Instrumento para Rastreamento de Neuropatia de Michigan (MNSI) antes e após 6 meses da CB e divididos de acordo com a presença (+) ou ausência (-) de PNP no início do estudo. Causas conhecidas da PNP foram excluídas. Secundariamente, uma amostra menor desta coorte foi avaliada para atividade física (AF), através da versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), e para os níveis de HDL-colesterol (HDL-C) antes e após 6 e 15 meses da CB. Resultados: A prevalência de PNP pré-CB foi de 21,4% e diminuiu para 8,7% pós-CB. Quando olhamos para o grupo PNP (+) (n = 69) no início do estudo, a persistência de PNP pós-CB foi de 20,3% (n = 14) após 6 meses. No grupo PNP (-) (n = 253) pré-operatório, a incidência de PNP pós-CB foi de 5,5% (n = 14) e mostrou-se independentemente associada com menor nível sérico de HDL-C (p = 0,001). O risco de PNP aumentou de 7,4 a 8,6% a cada redução de 1 mg/dL no HDL-C. A AF aumentou após 6 e 15 meses de CB comparado ao período pré-operatório (p < 0,001) e, ser ativo antes da CB foi associado com maior aumento de HDL-C após 15 meses da CB comparado a não ser ativo no pré-operatório (18,2% versus 10,9%; p = 0,035). Como o aumento de HDL-C ocorreu somente após 15 meses da CB e se associou com o percentual de perda de excesso de peso (%PEP) (p = 0,030), talvez essa incidência de PNP após a CB diminua com maior tempo de acompanhamento. Conclusão: A prevalência de PNP diminuiu após 6 meses de CB, mas novos casos de PNP pós-CB foram independentemente associados com menores níveis séricos de HDL-C. A AF talvez seja uma importante recomendação para evitar a incidência e progressão da PNP após a CB, uma vez que a prática de AF aumenta os níveis de HDL-C.