Metas de altura do pasto para elevadas velocidades de ingestão de forragem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Amaral, Márcio Fonseca do
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/30196
Resumo: Em sistemas leiteiros baseados em pastagens, as vacas têm freqüentemente sua ingestão limitada. Neste sentido, esta dissertação trabalha a hipótese de que se possa otimizar o processo de ingestão pela criação de estruturas de pasto que favoreçam a velocidade com que a forragem pode ser ingerida. Para tanto, utilizou-se a variável altura como meio de caracterizar estratégias de preparo de estruturas de pasto a serem oferecidas aos animais. O trabalho foi realizado no município de Bagé, RS, na estação experimental da EMBRAPA-CPPSul, entre maio e setembro de 2008. Os tratamentos foram compostos por combinações de alturas de entrada e de saída dos piquetes que resultaram, respectivamente, nos tratamentos 15-05; 15-10; 25-05; 25-10, com duas repetições no tempo e duas no espaço. A forrageira utilizada foi azevém anual (Lolium multiflorum Lam) e as estruturas foram moldadas previamente com animais em pastejo simulando um pastoreio rotativo. Durante o ensaio utilizaram-se três vacas da raça Holandês, entre 5 e 6 anos de idade e peso médio de 550 kg de peso vivo. A velocidade de ingestão foi estimada pela técnica da dupla pesagem e os movimentos mandibulares foram determinados com auxílio de registradores automáticos (IGER Behaviour recorder), que posteriormente foram analisados pelo software GRAZE. Foram mensuradas as alturas do pasto durante todo o processo de rebaixamento. Os resultados mostram que os tratamentos com menor altura do pasto no final do período de ocupação provocam redução na taxa de bocados e no tempo de alimentação, e aumento do número de passos/m3 de forragem removida. O tratamento 25-10 foi a estrutura criada que registrou a maior massa de bocado e a que permitiu maior velocidade de ingestão. Os dois tratamentos com saída em 10 cm oportunizaram maior ingestão, o que sugere que a condição do resíduo seja determinante no consumo de matéria seca por animais em pastejo. Concluiu-se que tão importante quanto a altura inicial e final durante a ocupação dos piquetes seja a proporção da altura removida durante o período de ocupação.