Desenvolvimento regional no Vale do Zambeze-Moçambique em perspectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mungói, Cláudio Artur
Orientador(a): Ruckert, Aldomar Arnaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15649
Resumo: Nesta tese analisa-se como é que o Estado e os diferentes atores promovem ações de desenvolvimento na região do Vale do Zambeze. Para tanto, se destacam as diferentes etapas históricas que determinaram formas específicas de usos políticos e econômicos do território e suas implicações sobre o processo de desenvolvimento da região do Vale do Zambeze; a participação do setor privado, da sociedade civil e das famílias rurais na promoção do desenvolvimento. As verticalidades e horizontalidades são tratadas como um par teórico importante para a análise da relação entre poder e território, determinantes para a compreensão das dinâmicas sócio-espacias na região em estudo. Contudo, procura-se demonstrar ao longo dos sete capítulos da tese através de dados secundários e empíricos coletados em cinco distritos da região do Vale do Zambeze, nomeadamente Marromeu, Morrumbala, Moatize, Báruè e Cahora Bassa que a verticalização de ações e decisões são mais expressivas e dominantes. Trata-se, pois, do uso do território da região do Vale do Zambeze como recurso de valor econômico para a viabilidade e satisfação de interesses exteriores a região. O uso econômico sobrepõe-se ao uso social. Isto significa que os distritos e a região como um todo se apresentam como passivas e receptoras da cadeia de decisões e implementação de projetos e empreendimentos concebidos fora ou longe dali. Tomam-se como evidências, a barragem de Cahora Bassa, as indústrias açucareiras, a exploração do carvão e fumo, as políticas impositivas e idealizadas a partir de fora, a forte dependência externa, entre outros fatores. Nesta perspectiva, a região do Vale do Zambeze transforma-se num lugar de finalidades, do cotidiano obediente, impostas de fora. A pesquisa foi conduzida através da utilização do método indutivo baseada numa amostra intencional operacionalizada a partir da escala local (distritos). Isto possibilitou fazer a inferência para uma escala maior (a região) tomando como padrão as dinâmicas sócio-econômicas registradas nos cinco distritos estudados.