Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mozer, Josiane Aparecida |
Orientador(a): |
Avila, Arthur Lima de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213381
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Resumo: |
Através da análise do programa editorial da Agência de Informação dos Estados Unidos – USIA e da sua rede de colaboradores, esta pesquisa versa sobre o papel desempenhado pela Agência na construção do consenso conservador que gestou o projeto político de suporte ao liberalismo, no Brasil, entre 1953 e 1968. Foram analisadas centenas de documentos produzidos por agências e instituições do governo dos Estados Unidos (USIA, Departamento de Estado, Conselho de Segurança Nacional – NSC, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento – USAID), e de instituições parceiras como Franklin Book Programs e Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais – IPÊS, além de centenas de artigos e matérias publicadas pelos principais jornais e revistas brasileiros. A pesquisa evidencia que o programa editorial da USIA, resultado da política de segurança nacional dos Estados Unidos, elaborada pelo NSC, teve como propósito influenciar a produção e a circulação de conhecimentos favoráveis aos interesses hegemônicos dos Estados Unidos no novo cenário mundial pós-Segunda Guerra. Coloca em exame o papel assumido pela Agência em operações encobertas no âmbito da política externa dos Estados Unidos, segundo as premissas do NSC, e explora a sua atuação político-ideológica no Brasil, revelando as suas estratégias para influenciar, e assim ser capaz de orientar, a política e a economia brasileiras. A documentação pesquisada permite revelar, ainda, o modus operandi da Agência para compor uma rede de colaboradores brasileiros ideologicamente afinados – editoras, jornais e intelectuais. Como resultado, demonstra-se como livros, livretos, artigos e matérias de jornais e revistas em todas as áreas do conhecimento (ciências, ciências humanas, filosofia, artes), elaborados e ou subsidiados pela USIA com a colaboração de sua rede local, foram armas eficientes no combate ideológico em defesa do Estado liberal e suas políticas econômicas contra o nacional-desenvolvimentismo e contra as teorias antiliberalismo e anticapitalismo, em especial o marxismo, colaborando para a consolidação de um Estado autoritário e alinhado aos interesses hegemônicos do capital, em geral, e dos Estados Unidos em especial. |