Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Spanemberg, Lucas |
Orientador(a): |
Fleck, Marcelo Pio de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/108320
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Resumo: |
A depressão é um transtorno psiquiátrico altamente prevalente e oneroso, sendo uma das principais causas mundiais de morbimortalidade. Contudo, seu status nosológico é tema de profundas controvérsias, uma vez que apresenta uma definição pouco precisa, gerando uma enorme heterogeneidade clínica. Esta tese é composta por quatro artigos, e visa estudar a heterogeneidade da depressão investigando suas interações com o construto de personalidade e com marcadores biológicos. Os dois primeiros artigos visam viabilizar o uso de um instrumento de avaliação de estilos de personalidade, o Temperament and Personality Questionnaire (T&P). O primeiro artigo descreve o processo de tradução e adaptação transcultural do T&P para o português brasileiro, utilizando uma metodologia estandardizada. O segundo artigo examina as propriedades psicométricas do T&P em uma amostra de pacientes deprimidos. Nesse artigo, análises fatoriais confirmatórias foram realizadas para testar os sete níveis do instrumento, sendo encontrados índices de ajuste adequados para modelos com dois até quatro fatores, com alta consistência interna para todos os níveis. Foram encontradas as associações esperadas entre os estilos de personalidade e dois validadores externos, com estilos de personalidade resilientes apresentando menor qualidade de vida e maiores níveis de depressão, enquanto estilos de personalidade desordenados apresentaram o inverso. Além disso, a performance dos itens foi explorada utilizando a Teoria de Resposta ao Item, com a maioria dos itens apresentando melhor padrão de respostas dicotômico. Por fim, correlações altas entre os estilos de personalidade de níveis de baixa ordem com seus correspondentes construtos molares, confirmaram a organização hierárquica do instrumento. O terceiro artigo estudou a heterogeneidade da depressão em relação a personalidade. Nele, foi avaliada a associação entre dimensões depressivas (definidas por análise fatorial exploratória) e quatro classes de personalidade (criadas a partir de uma análise de classes latentes) em uma amostra de pacientes deprimidos. As classes de personalidade foram denominadas resilientes e desordenadas de acordo com seu nível de funcionamento e qualidade de vida. A classes desordenadas apresentaram maiores escores de sintomatologia depressiva, principalmente na dimensão cognitiva, com maior comorbidade com transtornos ansiosos. As dimensões depressivas melancólicas foram pouco ou nada discriminativas em relação às classes de personalidade, reforçando sua maior relevância para as depressões não-melancólicas. O quarto artigo analisou subgrupos depressivos classificados por um instrumento de avaliação de alterações da psicomotricidade (o CORE). Os grupos melancólico e não-melancólico foram comparados em relação a três dimensões de marcadores biológicos (estresse oxidativo, neurotrofina e marcadores imunológicos). Os resultados replicaram e estenderam achados sobre diferenças biológicas de subtipos depressivos, mostrando a importância da avaliação dos sinais de melancolia. Assim, essa tese contribui no estudo da heterogeneidade da depressão viabilizando o uso de um instrumento de avaliação da personalidade e estendendo achados que podem possibilitar que subtipos depressivos possam ser avaliados em relação a estilos de personalidade e marcadores biológicos. |