A qualidade da interação mãe-criança e o uso materno do smartphone

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Colognese, Sofia Sebben
Orientador(a): Frizzo, Giana Bitencourt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/279332
Resumo: O estudo da interação mãe-criança é fundamental, uma vez que constitui as bases para o desenvolvimento infantil. Na atualidade, as mães têm empregado as mídias digitais, como smartphones, durante as interações com os filhos com recorrência, o que pode causar interferência neste momento. Nesse contexto, a qualidade da interação mãe-criança pode sofrer impactos, pela diminuição da sensibilidade materna e afeto positivo infantil, e aumento do afeto negativo infantil. Este estudo teve por objetivo investigar a qualidade da interação mãe-criança durante o uso materno do smartphone. Setenta e uma mães e seus filhos de 3 a 32 meses (43 meninas e 28 meninos) participaram de um modelo quase-experimental entre-sujeitos nas condições: uso materno do smartphone e leitura de revista em papel. Os comportamentos maternos e infantis foram codificados com o Protocolo de Avaliação da Interação Diádica. Não foram encontradas diferenças na sensibilidade materna e no afeto negativo e positivo infantil entre as duas condições. Por outro lado, as crianças na condição de uso materno do smartphone apresentaram mais interação com a mãe, e as mães apresentaram mais afeto positivo e negativo, se comparado às mães na condição revista em papel. Os resultados da regressão logística também demonstraram que as crianças de ambas as condições que exploraram o ambiente eram mais propensas a apresentar afeto positivo e menos afeto negativo. Além disso, elas tinham mais probabilidade de apresentar afeto positivo e menos afeto negativo se suas mães mostrassem sensibilidade durante a interação. Os achados do presente estudo oferecem insights em como o uso do smartphone não parece ser mais adverso para a qualidade da interação mãe criança do que outros recursos ou atividades maternas não dirigidas à criança durante as interações. Por fim, o uso das mídias digitais por cuidadores se configura como um construto complexo e multifacetado, demonstrando estar relacionado tanto a efeitos emocionais positivos quanto negativos nos adultos.