Informação, cidadania e inclusão digital : estudo de comunidade na Favela Santa Marta, Rio de Janeiro/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Patrícia Mallmann Souto
Orientador(a): Morigi, Valdir Jose
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/101757
Resumo: O tema desta tese é informação, cidadania e inclusão digital, num contexto de favela. Teve como objetivo geral: compreender como se dá a relação entre informação, cidadania e inclusão digital, tendo como campo empírico a favela Santa Marta, localizada na cidade do Rio de Janeiro/RJ. O marco teórico partiu de três conceitos principais: informação, cidadania e inclusão digital. A definição de informação adotada na pesquisa se fundamenta no paradigma social da área de Ciência da Informação. O conceito de cidadania é baseado em três dimensões: jurídico-política, que envolve direitos e deveres, com base em Marshall; cidadania cultural, que envolve sentimento de pertencimento e identidade cultural, com base em Cortina; e de participação, que se dá na esfera pública discursiva, com base em Habermas. A noção de inclusão digital é abordada como envolvendo acesso e apropriação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) (sua incorporação no cotidiano) e, mais amplamente, um conjunto de três dimensões: digital, informacional e social. Os resultados ressaltam que a favela: possui um valor simbólico histórico e cultural marcante, o que lhe confere um status de comunidade; possui ampla possibilidade de acesso à internet, tendo telecentros, lan houses e sinal de internet wireless público; se configura num espaço físico de circulação de informação, tendo a prática informacional do “boca a boca” como uma das mais eficazes; exerce a discussão pública de construção da cidadania em duas esferas públicas, uma física (em praça pública) e uma virtual (basicamente via Facebook); possui instituições e grupos de representação comunitária e projetos sociais, responsáveis pela circulação de informação para o exercício e a construção da cidadania. Conclui que a relação entre informação, cidadania e inclusão digital se dá pela articulação comunitária promovida por lideranças locais, que se valem da informação como ponto de partida, tanto física como virtualmente.