Variabilidade genética do vírus da leucemia viral felina (FeLV) e avaliação de fatores virais e do hospedeiro na infecção pelos vírus da imunodeficiência felina (FIV) e FeLV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cano Ortiz, Lucía
Orientador(a): Franco, Ana Claudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/253926
Resumo: Os retrovírus são patógenos mundialmente distribuídos com grande importância na medicina veterinária e humana. Em felinos domésticos existem dois retrovírus que causam doenças: o vírus de leucemia felina (FeLV) e o vírus da imunodeficiência felina (FIV). Tanto o FIV quanto o FeLV estão associado a síndromes imunossupressoras, apresentação de doenças oportunistas e desenvolvimento de tumores. O FeLV é uma das principais causas de doença e morte em gatos, sendo assim mais patogênico do que o FIV. Muitos aspectos importantes da patogênese do FeLV ainda não foram elucidados, mas sabe-se que o curso da doença desenvolvida varia entre indivíduos. Esta variação é determinada por fatores tanto virais quanto do próprio hospedeiro. Sobre o vírus, informações sobre variantes específicas são muitas vezes suficientes para prever o resultado da doença. Além disso, no caso dos retrovírus, a proteína do envelope é um fator chave que define o subtipo ou subgrupo viral. A glicoproteína do envelope possui duas subunidades: superfície (SU) e transmembrana (TM). A glicoproteína de superfície determina o tropismo celular e é estruturalmente conformada por regiões conservadas e variáveis que são importantes na interação vírus-células. Para estabelecer uma infecção eficiente, os retrovírus precisam neutralizar a atividade de diversas proteínas celulares, conhecidas como fatores de restrição, através de proteínas virais que interferem ou suprimem a dita atividade. Além disso, os fatores de restrição determinam em parte o repertório de hospedeiros e assim limitam a transmissão entre espécies. Os fatores de restrição são menos eficientes contra os vírus do hospedeiro natural. A tese apresenta dois estudos que visam contribuir para a compreensão do FeLV. O primeiro trabalho é um estudo in sílico de bioinformática e filogenética do gene de superfície do envelope (SU) onde propõe-se um método altamente suportado para a classificação genética do FeLV. O segundo trabalho é um trabalho in vitro sobre o efeito do fator de restrição SERINC5 humano e felino (huSER5 e feSER5) sobre a infecciosidade do vírus da imunodeficiência humana – 1 (HIV-1), FIV e FeLV. Além disso, foi avaliada a capacidade de contra atacar o efeito inibitório das SER5s pelas proteínas virais Nef do HIV-1, glycoGag e Env do FeLV-A e do FeLV-B.