Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Winckler, Joana de Oliveira |
Orientador(a): |
Marx, Vanessa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/274521
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Resumo: |
Esta pesquisa sociológica tem como objetivo analisar os elementos que impulsionam e sustentam a agenda de cidades inteligentes em Porto Alegre, Brasil, entre 2010 e 2022. Embasado nos fundamentos da teoria crítica urbana, o estudo emprega uma abordagem qualitativa focada em um único caso, combinando a análise de conteúdo em documentos e a observação em eventos ligados à agenda das cidades inteligentes. A pesquisa interpreta essa agenda como uma ideologia urbana de desenvolvimento ancorada em um guarda-chuva de estratégias baseadas no vocabulário corporativo, bastante associada ao uso de tecnologias urbanas, mas não apenas. Essas estratégias, enquanto discurso e prática, abordam problemas urbanos e suas soluções que acabam por reforçar e reproduzir a produção capitalista do espaço urbano, criando checkpoints, metas e hierarquias para as cidades no contexto de competitividade interurbana. Essa agenda, embora hegemônica e imperativa no atual estágio de neoliberalização e desenvolvimento tecnológico, apresenta-se com nuances a depender do contexto analisado. Neste trabalho, os debates globais em torno dessa agenda são analisados, identificando tanto consensos quanto controvérsias. Em âmbito local, o estudo ressalta as iniciativas a partir de uma coalizão pró-inovação que dissemina a agenda inteligente em sintonia com o aprofundamento do urbanismo neoliberal na cidade. Os resultados apontam para tensões entre o valor de uso e o valor de troca no contexto de mercantilização do espaço urbano. Além disso, a pesquisa aponta estratégias de empreendedorismo urbano e planejamento pró-mercado, que influenciam a absorção de uma nova "cultura da inovação" na gestão municipal, associada à linguagem corporativa. |