Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luiz Henrique Apollo da |
Orientador(a): |
Marx, Vanessa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/204568
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Resumo: |
A área do 4º Distrito em Porto Alegre era a denominação da divisão urbana na entrada da cidade e onde se instalavam as principais indústrias e as vilas operárias que foram berço da industrialização no Estado do Rio Grande do Sul a partir do início do século XX. O cenário e organização social desse espaço se desenvolveram pela sua função fabril modificada após o seu deslocamento, devido ao processo de metropolização, com consequência de abandono e marginalização da área a partir da década de 80. Desde o final da década de 90, esse amplo espaço é disputado para uma revalorização do solo por projetos público-privado de reestruturação urbana, mais recentemente o projeto Masterplan, cujos depósitos, ancoradouros e edifícios fabris são condicionados a novos usos do capitalismo global informacional, onde a economia criativa se insere. A sua denominação abrange diversas áreas de trabalhadores qualificados em tecnologia, arquitetura, design, mídia, moda, expressões culturais cujo conhecimento tem alto valor agregado e é explorado na sua capacidade inovadora e empreendedora. Esses agentes se aglomeram territorialmente principalmente no Floresta, bairro do 4º Distrito localizado mais próxima ao centro, onde se encontram centenas de agentes criativos, tais como o Hostel Boutique, o CC100, o Vila Flores, chamarisco de novos agentes criativos, promotor de eventos, turismo, preservação e embelezamento da área, estabelecidos na rede do Distrito C que constrói seus laços e valores, incentiva o investimento de negócios inovadores na área atrelados às conexões multiculturais de uma ideia descolada que faz a cultura colaborar com uma imagem estratégica ao território. A fim de compreender a transformação desse espaço com o foco no agenciamento em rede desses profissionais, a metodologia utilizada no trabalho foi de análise documental a partir do plano municipal de economia criativa de 2014, de notícias de atrações e investimentos no local, de observações participantes em eventos no bairro e de entrevistas com vinte empreendimentos localizados na área. Esse novo construto social torna-se um marketing urbano compreendido sob o olhar teórico do pensamento único estratégico, na construção glocal e de ressignificação identitária relacional e híbrida, onde a cidade se torna um ponto estratégico de financeirização. Além disso, estão atreladas às vantagens comparativas de modelos de cidades criativas, legitimados por órgãos internacionais como a UNCTAD, que ressignificam em Porto Alegre o histórico bairro operário do Floresta para um território de características criativas, de consumo, de lazer criando uma vitrine para investimentos aos novos paradigmas do empreendedorismo urbano global. |