O papel dos hidrocarbonetos cuticulares em interações simbióticas entre mirmecófilos e formigas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Luan Dias
Orientador(a): Kaminski, Lucas Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212109
Resumo: As formigas são insetos sociais que utilizam pistas e sinais químicos para orientação, reconhecimento e comunicação, principalmente os hidrocarbonetos cuticulares (HCs). Para lidar com formigas, organismos que convivem com elas (mirmecófilos) apresentam estratégias químicas baseadas nos HCs que podem ser de semelhanças adaptativas como mimetismo ou camuflagem ou não envolverem semelhanças adaptativas, como na insignificância ou na ausência de convergência dos compostos. Em Lepidoptera, a mirmecofilia é difundida em duas famílias de borboletas: Lycaenidae e Riodinidae. Os objetivos desta tese foram: definir o termo “pistas químicas” e resumir seus aspectos principais e como podem ser usadas por organismos e evoluírem para “sinais químicos”; descrever e avaliar a similaridade dos perfis de HCs e estratégias químicas de organismos mirmecófilos tais como a camuflagem, insignificância e mimetismo e formigas em interações facultativas e/ou obrigatórias. Para isso foram realizadas revisões de literatura, estudos experimentais e análises químicas. Assim, através de revisão de literatura o termo “pistas químicas” foi definido e diferenciado de sinais químicos demonstrando sua importância para todos os organismos. Uma revisão sistemática foi realizada e revelou a importância da dieta e comportamento dos mirmecófilos em suas estratégias químicas e evidenciou que uma perspectiva multitrófica e comportamental deveria ser adotada pois pode demonstrar sua origem e como ela é afetada. A dieta se foi essencial para casos de mimetismo químico e camuflagem química. Apesar disso e de vários estudos sugerirem a importância da dieta nas estratégias químicas, uma abordagem multitrófica ainda é pouco usada. Utilizando uma abordagem multitrófica e comportamental com algumas larvas de borboletas das famílias Lycaenidae e Riodinidae foram realizadas análises químicas e experimentos e assim encontrada uma estratégia rara em casos de mutualismo, a insignificância química evidenciando com pode ser importante para táxons que interagem com formigas. Além disso, foi sugerido que algumas lagartas utilizam camuflagem química para conviverem com formigas, além de uma nova estratégia química ser proposta. Com as conclusões apresentadas almejamos que futuros estudos sejam analisados com uma abordagem multitrófica e comportamental.