Mirmecofilia e mirmecofagia de Attacobius sp. (Araneae: Corinnidae) sobre Solenopsis saevissima (Hymenoptera : Myrmicinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonça, Cindy Anne Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Ambiente e Sociedade
Brasil
UEG
Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ambiente e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/544
Resumo: Alguns animais conhecidos como mirmecófilos desenvolveram estratégias de mimetismo por biossíntese ou camuflagem. No município de Morrinhos, região sul do estado de Goiás, foi descoberta uma espécie nova de aranha do gênero Attacobius associada às colônias de Solenopsis saevissima. Este estudo tem como objetivo determinar os mecanismos e adaptações que permitem a mirmecofilia da aranha Attacobius sp. com S. saevissima. Cinco colônias de S. saevissima contendo Attacobius sp. foram coletadas em campo, identificadas e mantidas vivas dentro de bandejas plásticas com alimento e água para a realização de testes comportamentais e de predação. Attacobius sp. foi encontrada em 42% dos 12 locais de coleta e em média 47% das colônias nos locais em que aranha ocorreu. Não houve predação sobre adultos (operárias e sexuados). Apesar de não quantificado, as aranhas consumiram ovos via cleptoparasitismo. Cada aranha consumiu em média, aproximadamente cinco larvas ou três pupas por dia. Considerando que a abundância média foi de aproximadamente sete aranhas por colônia (amplitude 1-23), é previsto um impacto médio de 28 larvas e/ou pupas por dia sobre a colônia. Análises dos hidrocarbonetos cuticulares (HCCs) de Attacobius sp. e de S. saevissima não demonstraram diferença química significativa entre operárias e aranhas (PERMANOVA). A constante perseguição e contato com as operárias e o comportamento de limpeza indicam camuflagem química das aranhas.