Efeito do tratamento antirreumático na massa muscular em pacientes com artrite reumatoide : uma revisão sistemática com meta-análise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Thales Hein da
Orientador(a): Xavier, Ricardo Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/235962
Resumo: Introdução: Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, caracterizada por inflamação crônica e sistêmica a qual ataca principalmente articulações. Além disso, se sabe que os pacientes acometidos por essa doença podem apresentar comorbidades severas, como doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e sarcopenia, uma condição onde os pacientes apresentam déficit importante de massa e qualidade muscular. O tratamento de AR é majoritariamente farmacológico e consiste em controlar a inflamação sistêmica e atividade da doença. Apesar de controlar esses aspectos, ainda não se sabe ao certo qual o efeito desses fármacos na massa muscular dos pacientes. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática com meta-análise para verificar os efeitos do tratamento farmacológico anti-reumático na massa muscular em pacientes com artrite reumatoide. Métodos: Uma revisão sistemática com meta-análise com estudos observacionais publicados em inglês foi conduzida utilizando as bases MEDLINE (via PubMEd), Embase, Cochrane Library, e Web of Science (WoS). Selecionamos estudos que analisaram parâmetros de massa muscular, como massa magra, massa livre de gordura, massa magra apendicular e massa de músculo esquelético. A qualidade metodológica foi medida através da Escala Newcastle-Ottawa de medida de qualidade. Diferença da média padronizada (SMD) e intervalo de confiança de 95% foram estipulados utilizando um modelo de efeitos randomizados. A meta análise foi feita utilizando o software R e considerando a estatística significativa quando p<0.05. Resultados: Cinco estudos foram incluídos nesta revisão sistemática. Após o tratamento com MMCDs, a massa magra dos pacientes não mostrou ter diferença positiva (p=0.60). De mesma forma, pacientes tratados com MMCDs mostraram massa magra apendicular semelhante à medida pré-tratamento. (p=0.90). Mesmo não apresentando diferença estatisticamente significativa, na análise de subgrupos, a terapia anti-IL6 mostrou ter impacto mais positivo no ganho de massa magra (p=0.95), enquanto a terapia anti-TNF mostrou ter impacto mais negativo (p=0.45). Na medida de massa magra apendicular nossos resultados mostram que o tratamento com MMCD também não alterou de forma significativa o ganho de massa (p=0.93). Conclusão: Analisando o efeito da terapia farmacológica com MMCD na massa muscular, nossos resultados mostram que essa abordagem não teve efeito positivo significativo, mas que essa associação deve ser investigada mais profundamente, uma vez que foram encontrados poucos estudos na literatura sobre o assunto.