Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Claudia Gewehr |
Orientador(a): |
Trindade, Iole Maria Faviero |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/8910
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Resumo: |
A pesquisa intitulada Pareceres Descritivos: narrativas que a escola nos conta tem como foco os Pareceres Descritivos de classes de alfabetização, problematizando como estes Pareceres se constituem em textos onde alunos/as são narrados, suas histórias escolares são contadas e, ainda, buscando examinar como a subjetividade se dá na narrativa e produz identidades. A pesquisa tem seu aporte teórico no campo dos Estudos Culturais, da Teoria Literária e da Análise Crítica do Discurso, sendo que o primeiro possibilita analisar os Pareceres Descritivos como textos forjados para fins de avaliação, onde representações são estabelecidas discursivamente, instituindo significados de acordo com critérios de validade e legibilidade estabelecidos em tempos e espaços determinados. Considerando os discursos circulantes sobre alfabetização, os Pareceres Descritivos são examinados conforme as representações que ganham em tais textos. A partir dessa perspectiva teórica, os Pareceres Descritivos visibilizam determinadas representações dos discursos pedagógicos circulantes e constituem um conjunto de saberes regidos por uma dada ordem, estabelecido em uma disputa por imposições de significados, sendo essas representações produzidas, eleitas e reproduzidas através desses documentos. A aproximação com os estudos da teoria literária torna-se necessária para tratar os Pareceres Descritivos como narrativas sob o ponto de vista pós-moderno, que aponta a centralidade da cultura na narrativa, pois é através das histórias que compreendemos as coisas, tanto para entendermos nossas vidas quanto para entendermos o mundo. Tais narrativas escolares podem ser vislumbradas como uma prática social constitutiva do mundo e da vida dos sujeitos em questão, pois esses textos são “produzidos” pelas professoras, “assimilados” e “interpretados” pelos/as alunos/as, podendo ainda, serem “(re)produzidos” pelos seus familiares. Alunos/as são subjetivados por essas narrativas e são posicionados em relação aos níveis de aquisição da língua escrita e aos modos de comportamento escolar prescritos. Mas também, são apresentados aos seus familiares como alunos/as, sendo essa uma das identidades que serão forjadas ao longo de sua escolarização. Procuro, ainda, compreender os discursos que levam as professoras a constituir as narrativas dos Pareceres Descritivos da forma que o fazem, problematizando e analisando os discursos pedagógicos sobre a avaliação escolar e a alfabetização. Embasada na interpretação do caráter constitutivo da linguagem, a avaliação e a alfabetização são analisadas como discursos que constituem práticas escolares como os Pareceres Descritivos. É a partir do que se diz sobre a avaliação nos diferentes discursos pedagógicos que vão se produzindo diferentes jeitos de avaliar nas escolas. Os discursos veiculados através da legislação estão implicados com a construção de identidades sociais, entre elas as de quem avalia e de quem é avaliado, ou seja, diferentes significados e sentidos são produzidos pelos diferentes sistemas simbólicos. |