As alianças alimentares colaborativas em uma perspectiva internacional : afetos, conhecimento incorporado e ativismo político

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Preiss, Potira Viegas
Orientador(a): Marques, Flávia Charão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178604
Resumo: A presente tese aborda um tipo específico de abastecimento alimentar em que produtores e consumidores se aliam e trabalham de forma colaborativa para o funcionamento da dinâmica. O objetivo central da pesquisa foi compreender como a dinâmica de abastecimento alimentar emerge e se materializa em diferentes locais, evidenciando as práticas sociais envolvidas, bem como a interação cotidiana entre atores, materialidades e subjetividades. A análise é baseada em um estudo em perspectiva internacional, que envolve sete casos localizados em cinco países distintos, a saber: Associação de Integração Campo Cidade, em São Paulo (Brasil); Canasta Comunitaria Utopía, em Riobamba (Ecuador); GAS Testaccio Meticcio e GASPER, ambos em Roma (Italia); na cidade de Valência duas iniciativas, Grupo de Consumo Vera e Grupo de Consumo de Russafa (Espanha) e De Groene Schuur em Zeist (Holanda). A metodologia utilizada foi a abordagem etnográfica multilocalizada, sendo esta complementada por revisão de literatura, análise documental, entrevistas, notas de campo e registro fotográfico Em termos teóricos, a Teoria das Assemblages foi utilizada como uma meta-teoria para explicar a formação das dinâmicas de abastecimento. Além disso, diferentes corpos de conhecimento foram mobilizados para a análise e interpretação das práticas sociais envolvidas em torno de processos organizacionais, relações interpessoais, construção do conhecimento e ativismo alimentar. Os resultados indicam que estas dinâmicas de abastecimento emergem de forma altamente contingencial em distintos países fomentando a emergência de Alianças Alimentares Colaborativas em que os atores trabalham em atividades diversas que vão além do comércio de alimentos e que ao fim buscam a materialização de uma sociedade e um sistema alimentar distinto. Há um forte fluxo e interação entre elementos materiais e subjetivos no surgimento de representações, valores e desejos que são incorporados pelos participantes e coletivos, afetando o cotidiano dos atores e a identidade das dinâmicas de abastecimento.