Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Timmermann, Talita Abi Rios |
Orientador(a): |
Rocha, Cristianne Maria Famer |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/169059
|
Resumo: |
Introdução: O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), criado em 2008, tem como objetivo ampliar a oferta de serviços, a resolutividade e a abrangência das ações no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), por meio de uma equipe multiprofissional que presta apoio para as equipes de Saúde da Família. Para orientar as ações do NASF, foram publicados dois Cadernos de Atenção Básica (CAB) – nº 27 e nº 39, em 2010 e 2014, respectivamente. Neles são apresentadas propostas de atuação por meio dez diferentes ferramentas tecnológicas: Apoio Matricial, Pactuação de Apoio, Clínica Ampliada, Projeto Terapêutico Singular, Projeto de Saúde no Território, Grupos, Genograma, Ecomapa, Atendimento Domiciliar Compartilhado e Atendimento Compartilhado. Um instrumento que permite conhecer as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores do NASF é a Comunidade de Práticas (CdP), um site do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, criado em 2013. A CdP possui um espaço em que disponibiliza relatos de experiências escritos por trabalhadores, gestores e outros atores que atuam na APS. Objetivo: Identificar quais têm sido as ações desenvolvidas pelos profissionais do NASF e se elas estão articuladas com as preconizações descritas nos documentos oficiais do Ministério da Saúde. Metodologia: Este estudo utilizou a técnica documental em Portarias, CABs, Manuais e Boletim, todos do Ministério da Saúde diretamente relacionado ao NASF. Além disso, foram coletados relatos de experiência da CdP que possuíssem o termo “NASF” no título e/ou corpo do texto, publicados entre 2013 e 30 de abril de 2015. Todos os relatos foram submetidos à leitura criteriosa e selecionados apenas os referentes ao NASF, escrito por trabalhadores e que descrevessem ações desenvolvidas por eles. Foram excluídos aqueles considerados incompletos. As publicações também foram analisadas de acordo com o conceito de experiência proposto por Larrosa (2002), ou seja, não apenas uma descrição do processo de trabalho ou ação desenvolvida, mas sim, associado a reflexão e os afetos gerados pelas tarefas realizadas. Resultado: Baseado nos documentos oficiais do Ministério da Saúde, foi possível descrever a trajetória histórica do NASF, apresentando os marcos legais e as transições que ocorreram nesta estratégia de apoio. Posteriormente, foram identificados 361 relatos de experiência com o termo NASF. Destes, 230 serviram como base para o trabalho. Os relatos foram submetidos a análise quantitativa descritiva, identificando que 43,2% dos autores dos relatos desenvolvem ações diferentes das descritas nos CABs, como rodas de conversa, fóruns, oficinas e gincanas, seguidos de 37,2% que utilizam a ferramenta Grupos em seus cotidianos. Para análise qualitativa, utilizando o conceito de experiência de Larrosa (2002), foram analisados dez relatos de experiência, que resultaram em quatro conceitos-chave: Equipe e vínculos; O que é o NASF e a relação com a Equipe de Saúde da Família; Os desafios do território; o NASF e a Gestão. Observou-se que a realidade dos territórios descrita pelos profissionais do NASF não cabe nas proposições dos CABs, e que a formação para atuar no NASF tem ocorrido nos mais variados contextos e, principalmente, na prática. Conclusão: Diante de um contexto onde as atividades do NASF não caminham paralelamente com a construção e disponibilização de materiais teóricos como CABs e Portarias, a utilização da CdP permite uma aproximação com a realidade dos profissionais. A não-utilização das ferramentas tecnológicas indicadas para o NASF não significa que as atividades não têm sido realizadas no território, e sim que os trabalhadores têm desenvolvido novas ferramentas e possibilidades que se adequem a realidade onde estão inseridos. |