COVID-19 em pacientes pediátricos atendidos no sul do Brasil : epidemiologia, achados clínicos e fatores associados à gravidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hendler, Jordana Vaz
Orientador(a): Daudt, Liane Esteves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/230629
Resumo: Introdução: Há poucos dados na literatura acerca do acometimento da população pediátrica pela covid-19, principalmente em países em desenvolvimento. Objetivos: Descrever as características epidemiológicas e evolução clínica de crianças hospitalizadas com covid-19, bem como identificar os fatores de risco para doença grave. Métodologia: Foram analisadas todas as internações de pacientes pediátricos ocorridas entre março e dezembro de 2020 na região sul do Brasil com RT-PCR positivo para SARS-CoV-2. Os dados foram extraídos de um banco de dados nacional que inclui todos os casos de síndrome respiratória aguda grave com necessidade de internação no Brasil. Resultados: Foram identificadas 288 internações (51,3% mulheres) com mediana de idade de 3 anos (intervalo interquartil 0-12 anos). Destes, 38,9% tinham condições médicas crônicas, 55,6% necessitavam de alguma forma de oxigênio suplementar e 30,2% necessitavam de cuidados intensivos. Ocorreram 17 óbitos (5,9%) relacionados à covid-19. Idade inferior a 30 dias foi significativamente associada com aumento da probabilidade de doença crítica (OR 9,52, IC 95% [3,01-30,08]), bem como a presença de uma condição crônica (OR 5,08 IC 95% [2,78-9,33]) ou duas ou mais condições crônicas (OR 6,60, IC 95% [3,17-13,74]). Conclusão: Idade inferior a 30 dias e a presença de doenças crônicas estão fortemente associadas a piores desfechos em crianças brasileiras com infecção por Sars-CoV-2. Essas descobertas podem ajudar as autoridades locais de saúde pública a desenvolver políticas específicas para proteger esse grupo mais vulnerável de crianças.