Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Veloso, Juliana de Lima |
Orientador(a): |
Loponte, Luciana Gruppelli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/200410
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Resumo: |
Esta pesquisa evidencia, através do modo de operar o conceito de fenda - criado durante a investigação -, que ao criar produções visuais como ruídos, e das fricções entre fatos e aportes teóricos, podemos pensar de outros modos, com arte e educação, as discussões de corpo, gênero e sexualidade. Nesta fenda, que não separa, está a ideia de desconstrução e abertura que, somada aos aportes teóricos das vertentes pós-críticas em educação e teorias feministas, auxiliam certa “conversão do olhar” (FOUCAULT, 2009). Neste sentido passa-se a desconstruir dicotomias, ao assumir para a pesquisa, por exemplo, que “arte é educação e educação é arte” (CAMNITZER, 2017), expandindo as fronteiras, rachando certos muros entre o ensino de arte e as demais áreas da educação, sendo arte e educação com corpo, gênero e sexualidade. Evidencia-se como com arte e com educação através de análises, críticas e produção visual dentro de uma pesquisa em educação, podemos criar novas formas de denunciar e evidenciar a importância do habitar dos corpos e distintos modos de existência no campo da educação como em documentos de lei, mídias sociais bem como nos museus e escolas. Assim, suspende-se os campos de saber da arte e da educação, como o ensino da arte, colocando-os em fricção em três momentos tomados como Forças de fissura. Estes, considerados como um tipo de “arquivo” (AQUINO, VAL, 2018) configuram-se na pesquisa através da fricção entre: aproximação de aportes teóricos e metodológicos; aproximações com 15 fatos de censura no Brasil em 2017; as quatro versões da construção da BNCC do Ensino Fundamental e a versão final com a Etapa do Ensino Médio; entre outros casos de intolerâncias aos corpos, gêneros e sexualidades até 2019/1. Além disso, friccionamos o próprio modo de operar o conceito fenda que, atravessando toda a pesquisa, contaminou-a, problematizando os modos de fazer pesquisa, suspendendo o corpo e/na pesquisa como um lugar de fala. Ao fazer ruir os arquivos, concebemos que o modo de operar com a fenda é também modo de fazer pesquisa e que, em seu processo de dois anos, tentou sair de um “aquário” (AQUINO, 2012) para pensa-lo, fazendo um movimento de sair de si, tomando perspectivas outras. Esta pesquisa se finaliza apresentando como um produto final, um livreto, que se afirma como outra forma de ser pesquisa. Esse se apresenta numa tentativa de agrupar as produções visuais e conceituais realizadas, traduzindo mais uma vez e de outra forma o modo de operar com o conceito fenda, visto que as imagens, tomando conta da pesquisa, extrapolaram a escrita e, assim, não cabendo mais no formato dissertação, irrompem como forma outra de ser pesquisa ao ser também imagem. Conclui-se que compartilhar certo modo de pesquisar é poder marcar, no campo da pesquisa em educação, que uma investigação na forma de dissertação pode ser texto e imagem tanto quanto uma produção outra; que, neste caso, em formato livreto, pode confundir as fronteiras entre pesquisa acadêmica e produção visual. Fazendo fenda nos modos de fazer pesquisa acadêmica e fenda nos modos de produção visual e ainda fissurando a dicotomia arte e educação, mostrando que fazer pesquisa pode ser arte e educação. |