Gênero e sexualidade na teoria da arquitetura.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carmona, Jaime Solares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-27032021-001317/
Resumo: Considerando a emergência da discussão acerca dos marcadores sociais da diferença no campo das ciências humanas, especificamente da identidade de gênero e sexualidade, objetiva-se fazer uma revisão bibliográfica dos principais textos acerca do tema na teoria da arquitetura, no Brasil e no mundo. O trabalho principia analisando os anos 1970, auge da revolução sexual da segunda onda feminista e dos primeiros levantes da comunidade LGBT+, e percorre meio século até os dias atuais. O caminho percorrido foi de via dupla. De um lado procuramos, dentro dos textos do campo disciplinar da arquitetura, aqueles que discutissem os temas destacados. Por outro, acessamos os principais textos de áreas afins, em especial aqueles relacionados à teoria queer, teoria feminista, estudos LGBT+ e geografia crítica, que analisassem e discutissem a questão espacial. Dessa forma ambicionamos compor uma cartografia teórica alimentada também pelos tensionamentos de áreas afins que informam a disciplina arquitetônica. Para tanto procede-se ao levantamento de cerca de duzentos livros, artigos, resenhas e periódicos nas diversas bases, indexadas ou não, possibilitando um estudo qualitativo e quantitativo do estado da arte do tema. Esse levantamento foi precedido de um recorte temático que considera, mas não exclui, o corpo como terceira categoria de possível de análise. A ampliação do campo de discussão da pesquisa permitirá uma narrativa interdisciplinar capaz não só de identificar as questões relativas a gênero, espaço, corpo e sexualidade no seio da disciplina, mas também de abrir conexões oportunas com interlocutores os mais diversos. Ainda que no Brasil essas questões pareçam ter surgido apenas em anos recentes, ela está presente em nossa historiografia desde pelo menos o final dos anos 1990. Destacamos, ainda, que dentre as linhas de pesquisa identificadas, a discussão teórica é o campo de menor desenvolvimento se comparado às outras. Podemos concluir o ineditismo do tema no país, e em menor medida no mundo, e os diversos potenciais críticos, teóricos e projetuais que o gênero e a sexualidade trazem para o campo da arquitetura.