Escripinturas : a cidade, seus espelhos, fabulações e esquecimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cardoso, Franciane Canêz
Orientador(a): Zordan, Paola
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49839
Resumo: O que é escripintura? Um termo cunhado para nomear uma escrita entremeada por imagens; um procedimento que busca, através da intercessão de uma série de autores, principalmente Roland Barthes e Gilles Deleuze, problematizar o ato de escrever. Trata-se de uma tentativa de fazer funcionar ao mesmo tempo as três línguas enunciadas por Deleuze no texto O Esgotado; um processo que dá a ver memórias, que as movimenta e materializa, e faz do esquecimento uma condição de suas escrituras. São muitas as possíveis definições, não fosse o impossível o campo sobre o qual o texto se estende. Através da criação e experimentação da escripintura esta dissertação abandona as possibilidades que historicamente cercam a cidade de Pelotas, situada ao sul do Rio Grande do Sul, para buscar no esgotamento, no não objetivado, os modos de escrever a cidade. Em um texto que aborda questões que tangenciam a escrita, as imagens e o esquecimento talvez o que se evidencie seja a elaboração de um procedimento que visa extrapolar a narrativa, circular pelos corpos que o encontram e despertar nesses corpos outras cidades. Em meio à problematização das imagens que se produzem de Pelotas, o texto oscila entre aquelas que se refletem no jogo de espelhos de sua história e aquelas que irrompem na retina e no corpo de cada morador ou visitante, aquelas que podem emergir das formas recortadas da cidade através da fotografia, mas que também nascem do arranjo das palavras. A fabulação é o que dá a ver as diferentes cidades percorridas e compreendidas conforme o repertório de cada um. Essa produção possui ressonância na educação na perspectiva do pensamento da diferença por ser uma escrita não narrativa ou explicativa e desenvolver um procedimento através do qual a arte se torna parte do processo de escrever e fabular a cidade. O que se conserva não são fatos ou histórias, mas as sensações que memórias daquele espaço trazem cada vez que são evocadas.