Avaliação do perfil fenotípico de células natural killer (NK) e expressão de antígeno leucocitário humano G solúvel (SHLA-G) na medula óssea de pacientes com leucemia mieloide aguda ao diagnóstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sehn, Filipe
Orientador(a): Silla, Lucia Mariano da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
AML
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179037
Resumo: As células Natural Killer (NK) são células efetoras imunes inatas envolvidas, principalmente, na vigilância imunológica e eliminação espontânea, sem necessidade de sensibilização prévia de células malignamente transformadas que exibem receptores de estresse ou baixa expressão do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) de classe I. Diversos estudos clínicos exploram a expressão de receptores e a atividade citotóxica de células NK em malignidades hematológicas, visando estabelecer o potencial citotóxico destas células e maximizar a elucidação de seus mecanismos de ativação e inibição em ambientes imunossupressores. Descobertas recentes na biologia molecular e celular das células NK apontam diferentes receptores de superfície relacionados a ligantes imunossupressores, dentre os quais destaca-se o Antígeno Leucocitário Humano G solúvel (sHLA-G), uma molécula de MHC classe I não clássica cuja atividade supressora de células efetoras imunitárias é exercida devido a interações com receptores ILT2, ILT4 e KIR2DL4. Estes receptores são expressos principalmente em células NK, linfócitos T CD8+ e monócitos. O sHLA-G desempenha um papel importante no desenvolvimento de tolerância em transplantes de órgãos e medula óssea, estando também envolvido na modulação da resposta imune durante a carcinogênese. Neste contexto, esse estudo teve como objetivo avaliar o nível de sHLA-G na medula óssea (MO) de pacientes ao diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda (LMA), estabelecer o perfil de expressão fenotípica das células NK com ênfase em receptores para sHLA-G e estudar aspectos relacionados à imunomodulação a partir da dosagem de citocinas. Os resultados mostraram uma frequência significativamente menor de células NK na medula óssea dos pacientes com LMA em comparação com doadores saudáveis (4,25% vs 7,18%, p <0,001). Quando comparada a MO normal com a medula de pacientes com LMA, nesta última houve uma maior frequência de células NK CD56dim CD16+ (90,47% vs 78,71%, p = 0,007), menor frequência dos subconjuntos de células NK CD56dim CD16- (7,51% vs 17,24%, p <0,010) e células NK CD56Bright (2,00% vs 4,93%, p <0,014). Quanto aos níveis de IL-6, IL10 e TNF-α, na MO dos pacientes com LMA, estes foram significativamente maiores em comparação com doadores saudáveis. Tal conhecimento permite estabelecer e identificar processos biológicos relevantes para a patogênese da LMA de acordo com a influência sobre o potencial citotóxico de células NK. A caracterização molecular do microambiente permissivo ao desenvolvimento da LMA pode contribuir para a construção de moléculas modificadoras deste ambiente tornando-o adverso ao desenvolvimento da neoplasia.