Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
López, Angie Paola Penagos |
Orientador(a): |
Carlos, Caio José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/245909
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Resumo: |
As áreas protegidas são uma das ferramentas de conservação mais importantes para proteger a biodiversidade global e os serviços ecossistêmicos. No entanto, sua efetividade ao longo prazo pode ser comprometida devido à mudança na distribuição geográficas das espécies, acelerada pelas mudanças climáticas. A exposição a novas condições climáticas provoca respostas diferentes nas espécies conforme a capacidade dos indivíduos rastrear as condições climáticas favoráveis, fato que pode afetar as espécies endêmicas de forma mais negativa. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo avaliar a efetividade atual e futura da rede de áreas protegidas para a conservação das corujas endêmicas da Mata Atlântica. Para avaliar a efetividade das áreas protegidas nós consideramos sua representatividade na distribuição de cada espécie-alvo. Utilizamos a modelagem de nicho ecológico para predizer as mudanças na potencial distribuição geográfica nos cenários climáticos atuais e futuros das espéciesalvo e calculamos a porcentagem de área adequada sob proteção. Além disso, identificamos as regiões mais suscetíveis ao ganho e perda de espécies e indicamos aquelas que serão refúgios climáticos estáveis no futuro. Nossos resultados indicam que a rede de áreas protegidas é atualmente representativa para a maioria das espécies; no entanto, os modelos indicam que a representatividade diminui para todas as espécies nas próximas décadas como consequência das mudanças climáticas. Estimamos que haverá uma maior perda de espécies nas ecorregiões localizadas ao norte e um ganho reduzido ao sul. Também encontramos que as ecorregiões no sul, em particular aquelas com maior elevação no planalto sul, serão as áreas com maior estabilidade para as espécies no futuro. Nossos resultados destacam a importância da implementação de estratégias de conservação que incorporem as diferentes respostas das espécies às mudanças climáticas e consequentemente mitigar os impactos negativos sobre as corujas endêmicas da Mata Atlântica. Destacamos a necessidade de complementar a rede das áreas protegidas com o objetivo de compensar a representatividade na distribuição das espécies alterada pelas mudanças climáticas; e, com isso, reduzir a perda de espécies e aumentar a conectividade entre as áreas ideais. Esperamos que nossos resultados sirvam de base para que os tomadores de decisão orientem e repensem as políticas e decisões de conservação atuais para enfrentar as ameaças das mudanças climáticas. |