Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Alves, Maiara Rosa |
Orientador(a): |
Barbosa, Marcia Cristina Bernardes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/252453
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Resumo: |
Este trabalho dedicou-se a discutir sobre a temática gênero na ciência, no que diz respeito aos estereótipos que permeiam o ambiente acadêmico, científico, tecnológico e acabam influenciando no interesse de meninos, meninas, homens e mulheres pelas carreiras científicas. Desse modo, pretendeu-se, por meio de levantamento bibliográfico, aplicação de questionários e práticas escolares, a compreensão de diferentes fenômenos ligados ao gênero, ciência e educação. A tese é composta por trabalhos que utilizam uma abordagem qualitativa e apresentam resultados e discussões de estudos realizados com estudantes do 1º ao 5º ano e do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual, bem como do ensino superior, nos cursos de graduação da área de ciências exatas e da terra de uma universidade pública, localizada no Estado do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, o objetivo principal deste trabalho é identificar a visão que os/as estudantes têm sobre a ciência e os/as cientistas em diferentes níveis de ensino, compreendendo o cenário que envolve a questão de gênero na ciência, os desafios a serem superados e as possibilidades existentes nesse campo de atuação. Para atender a esse objetivo, foram aplicados questionários com 240 estudantes, sendo 86 do ensino fundamental e 154 do ensino superior. A Análise de Conteúdo de Bardin (2016) foi utilizada como método de análise. Os resultados mostraram que as crianças, tanto meninas quanto meninos, ainda possuem uma imagem estereotipada da pessoa cientista (homem de jaleco que atua em um laboratório em meio a vidrarias e demais instrumentos “científicos”) e essa visão acaba interferindo nas preferências profissionais das meninas pelas carreiras científicas. Além disso, percebe-se que o estereótipo atribuído a essa figura se dá por influência da mídia (internet, filmes, desenhos, tv etc.); da família ou do círculo social; e da escola. Com relação ao ambiente escolar, identificou-se que os livros didáticos, apesar de terem algumas “deficiências” quanto a exploração de conteúdos e atividades que envolvam diversidade na ciência, vêm se modificando nos últimos anos, introduzindo assuntos relacionados às mulheres na ciência, apresentando as suas contribuições para o conhecimento científico, além de trazer reflexões um pouco mais profundas, o que mostramos ter um impacto positivo na compreensão dos/das estudantes sobre o tema. No tocante ao ensino superior, constatou-se que a disparidade entre estudantes homens e mulheres é bem significativa, principalmente nos cursos de Ciência da Computação e Física. O mesmo vale para o quadro de professores, onde as mulheres são minoria em quase todos os cursos, com exceção de Química que demonstrou equidade de gênero entre discentes e docentes. Nesse cenário, fica evidente que o distanciamento das áreas CTEM ao longo da formação inicial de jovens meninas é responsável por essa configuração, pois acaba influenciando em seus interesses acadêmicos. Ademais, todos esses estudos colaboram para o entendimento dos desafios enfrentados pelas mulheres nas carreiras científicas, da relevância do estereótipo na ciência como fator que influencia suas escolhas profissionais e das perspectivas com relação a esse panorama. |