Dinâmicas sociais do desenvolvimento das culturas dos videogames no Brasil: o caso do Counter-Strike

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nascimento, Yago Rafael Chagas de Souza Renato do
Orientador(a): Fragoso, Suely Dadalti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257994
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de identificar e discutir as culturas dos videogames em seus diferentes lugares sociais através do percurso do jogo Counter-Strike no Brasil. O referencial teórico é dividido em duas partes: na primeira, buscamos definir o que entendemos como cultura dos videogames e o papel da memória coletiva na sua constituição. Além disso, falamos sobre o gênero dos jogos de tiro em primeira pessoa (first person shooters, ou somente FPS), destacando suas principais características e fazendo um apanhado histórico do gênero, desde os primeiros títulos até o Counter-Strike (CS), recuperando o contexto social de seu surgimento e do estabelecimento de uma cultura global de jogos digitais. Na segunda, falamos das culturas de videogames no Brasil e de suas continuidades e descontinuidades, começando pelos consoles, fliperamas e locadoras, da chegada do CS através das lan houses e dos rumos no contexto do jogo após o declínio desses negócios. Na investigação empírica, optou-se por adotar um procedimento multimetodológico, que mescla pesquisa documental, história oral e entrevistas narrativas biográficas para recontar a história do jogo através da memória da comunidade. Em termos gerais, concluiu-se que o Counter-Strike estabelece inicialmente um processo de simbiose com as lans, acompanhando sua expansão nos estados do Brasil a partir de um movimento que começa em capitais e grandes cidades e espalha-se rapidamente pelas periferias. Hoje, as práticas de jogo e as dinâmicas sociais estão calcadas no aumento da complexidade e convergências entre comunicação, tecnologia e comunidades de jogos, acontecendo majoritariamente online, embora os eventos presenciais ainda sejam bastante significativos para os fãs e para a indústria. O jogo é relevante para a inclusão digital, para o aprendizado técnico e para a formação humana, sobretudo entre os jovens, e marca a cultura dos videogames no país através do pioneirismo na institucionalização dos eSports, das aproximações com o futebol, da nostalgia, do espírito de “faça você mesmo” (do it yourself) da comunidade e da performance de padrões de masculinidade hegemônica, sendo parte vital da expansão dos videogames no imaginário social brasileiro.