Experiências da mãe com seus cuidadores e a relação atual mãe-filho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bortolini, Marcela
Orientador(a): Piccinini, Cesar Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/235905
Resumo: A relaçãomãe-bebê tende a ser influenciada pelas experiências maternas, principalmente aquelas com os próprios cuidadores. A presente pesquisa buscou compreender essas experiências maternas e a relação atual mãe-bebê. Para tanto foram realizados dois estudos. O Estudo I investigou a experiência das mães com os seus cuidadores e a sua relação com os comportamentos de apego do filho. Participaram 63 mães, cujos bebês tinham em torno de 24 meses. As mães responderam o Parental Bonding Instrument, para os cuidados recebidos dos seus cuidadores, o Attachment Script Assessment, para investigar as representações de apego das mães, e o Attachment Q-Sort, para avaliar os comportamentos de apego do filho. Análises estatísticas revelaram algumas associações entre as variáveis investigadas. Dentre os achados, verificou-se que análises de correlação entre os estilos parentais do cuidador paterno das mães estiveram correlacionadas significativamente com as representações de apego da mãe (p<0,05), assim como as representações de apego apresentaram forte correlação com os comportamentos de apego de segurança da criança (p<0,05). Ao encontro desses dados, análises de média evidenciaram que os comportamentos de segurança das crianças (p<0,05) diferiram significativamente entre os grupos com e sem conteúdo de base segura nas representações de apego das mães. Além disto, análise de agrupamento hierárquica, sugeriu dois grupos: o Grupo 1, caracterizado por mães que percebiam mais negativamente o cuidado recebido pelos cuidadores, tinham mais representações de apego sem base segura, e tinham filhos sem muitos comportamentos de apego seguro e mais comportamentos de dependência; Grupo 2, caracterizado por mães que percebiam mais positivamente o cuidado recebido pelos cuidadores, tinham mais representações de apego com base segura, e filhos com muitos comportamentos de apego seguro e menos comportamentos de dependência. Já o Estudo II investigou qualitativamente as experiências das mães com os seus cuidadores e a relação atual com o filho. Participaram quatro díades mãe-bebê, selecionadas do Estudo 1, por representarem duas díades de mães com representações de apego com base segura e bebês com comportamentos de apego seguro, e duas díades de mães com representações de apego sem base segura e filhos sem comportamentos de apego seguro. Além dos instrumentos usados no Estudo 1, as mães responderam à Entrevista sobre a relação mãe-bebê, usada para investigar a relação atual mãe-bebê. Análise de conteúdo qualitativa revelou que o estilo parental dos cuidadores das mães, esteve associado com a presença ou ausência de base segura nas representações de apego. Além disto, estes dois fatores apareceram relacionados com a relação atual mãe-filho, bem como com os comportamentos de apego do filho. Juntos os dois estudos apresentam evidencias que apoiam a literatura sobre a importância das experiências maternas com seus cuidadores e a relação mãe-filho atual.