Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Hadlich, Ingrid Weber |
Orientador(a): |
Bastos Neto, Artur Cezar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/273208
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Resumo: |
Este trabalho apresenta o estudo integrado dos pegmatitos, da mineralização de urânio e da genthelvita no albita granito Madeira (1,8 Ga). Este é um granito peralcalino do tipo-A e corresponde ao singular depósito de Sn-Nb-Ta (ETR, Th, U) Madeira (164 Mt) (Pitinga, AM), tendo sido fortemente afetado por fluidos hidrotermais ricos em F. A mineralização de U apresenta teores (328 ppm UO2) comparáveis aos principais depósitos intrusivos no mundo, além de possuir reservas significativas (52 kt U). No entanto, contrasta com estes depósitos em quatro aspectos chave: mineralização homogeneamente dispersa; U-Pb-ETRL-pirocloro como único mineral de minério primário; mineralizações de U e Th formados em diferentes estágios magmáticos; e alteração hidrotermal intensa, formando como produtos de alteração pirocloro secundário, columbita, fluoretos de ETRL, galena e silicatos ricos em U (Th, Zr, ETR, Y, Pb). Estas características são atribuídas às condições especiais impostas pela riqueza em flúor do magma peralcalino. Os complexos de flúor transportaram por todo o plúton e enriqueceram a fusão residual com Li, Na, K, Rb e metais raros (U, Th, ETR, Be, Zr, Nb, Ta), contribuindo para o enriquecimento progressivo de ETRP e F em direção à paragênese dos pegmatitos associados. O albita granito hospeda quatro tipos de pegmatitos: pegmatitos de borda, albita granito pegmatítico, pegmatito miarolítico e veios de pegmatito. A própria rocha hospedeira serviu como fonte para os fluidos que originaram todos estes pegmatitos. Assim como a rocha parental, os pegmatitos apresentam uma paragênese exótica rica em metais raros, incluindo pirocloro (herdado do albita granito), cassiterita, zircão, torita, xenotima, gagarinita-(Y), criolita e genthelvita. A origem destes pegmatitos está associada a vários processos físico-químicos que ocorreram durante diferentes estágios da evolução magmática, cada tipo associado com mecanismos de colocação distintos. Nos veios de pegmatito, a redução efetiva na fugacidade de H2S e a alta atividade de oxigênio em um ambiente alcalino e subaluminoso, sob temperaturas relativamente altas (>375ºC), permitiu a estabilidade da genthelvita entre os estágios magmático tardio e hidrotermal precoce na evolução do sistema albita granito. A transição magmático-hidrotermal ocorreu para cada corpo rochoso individualmente – albita granito, pegmatitos –, quando a fase aquosa residual foi exsolvida da rocha cristalizada, com uma composição refletindo o grau de fracionamento do magma no ponto de saturação de H2O. O fluido hidrotermal exsolvido rico em F causou alteração (autometassomatismo) nos minerais magmáticos e precipitou minerais secundários. |