Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Fürstenau, Brenda Bianca Rodrigues Jesse |
Orientador(a): |
Grazia, Jocelia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/117885
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Resumo: |
Em contraste com a prevalência e importância dos estágios jovens dos insetos, suas características permanecem, em grande medida, desconhecidas. Das mais de 4.100 espécies de Pentatomidae (Hemiptera, Heteroptera), apenas 125 e 98 espécies tiveram a morfologia dos estágios de ovo e ninfa descritos, respectivamente. O reconhecimento das espécies de pentatomídeos é feito com base em caracteres de morfologia externa e genitália dos adultos; porém também os estágios imaturos apresentam características as quais permitem identificações ao nível de família, gênero e espécie. O gênero Chinavia possui 32 espécies registradas para o Brasil, das quais 12 ocorrem no Rio Grande do Sul. Apesar da diversidade, da ampla distribuição e da importância agrícola do gênero, somente oito dessas espécies têm seus imaturos descritos. O presente estudo descreve a morfologia dos ovos e dos cinco ínstares ninfais das seguintes espécies: Chinavia aseada (Rolston, 1983), Chinavia armigera (Stål, 1854), Chinavia brasicola (Rolston, 1983) e Chinavia runaspis (Dallas, 1851), e a biologia das últimas três espécies citadas. Foram elaboradas descrições e ilustrações, obtidos dados morfométricos e investigados aspectos de biologia. As espécies estudadas compartilham com as demais espécies de Chinavia características diagnósticas em nível genérico. Todas as quatro espécies do presente estudo apresentam ovos de cor castanha. Entretanto, os ovos de C. armigera apresentam uma coloração brilhante, ao passo que as demais espécie tem ovos opacos. A forma do ovo, a esculturação da superfície do cório e a forma dos processos aero-micropilares são semelhantes ao que foi observado em outras espécies do gênero. No 1° ínstar, todas as espécies do gênero apresentam uma mancha dorsal, cujo tamanho e forma podem variar, bem como a coloração, que vai de amarela a vermelha. Em C. runaspis, a mancha dorsal característica do gênero apresenta tamanho maior que nas demais espécies, o que auxilia na identificação a nível específico já no 1° ínstar. A partir do 2° ínstar surgem manchas no dorso abdominal, cujo padrão de coloração e distribuição pode auxiliar na identificação a nível específico. Tais manchas se tornam mais amplas na medida em que o inseto se desenvolve. A formação do escutelo é visível no 3° ínstar. No 4° ínstar, aparecem as pterotecas mesotorácicas, mas essas não cobrem o metanoto. No 5° ínstar, as pterotecas ultrapassam ou pelo menos atingem a margem posterior do metanoto, e as ninfas já exibem diferenciação sexual. Neste ínstar as características diagnósticas tornam-se mais evidentes, o que facilita a identificação a nível específico. O tempo médio de desenvolvimento entre os estágios de ovo e adulto foi de 44,71 ± 5,59 dias. Este estudo visa ampliar o conhecimento dos imaturos de Chinavia, através de comparações com outras espécies congenéricas já conhecidas e a elaboração de chaves de identificação para as espécies sul-rio-grandenses, que por sua vez auxiliarão a identificação das ninfas, além de propiciar o encontro de caracteres, nas formas imaturas, que sejam relevantes para taxonomia e filogenia do grupo. |