Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rosso, Pedro |
Orientador(a): |
Campos, Luiz Alexandre |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180483
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Resumo: |
Ischnopelta Stål, 1868 foi proposto como subgênero de Discocephala Laporte, 1832 e tratado como gênero por Berg, em 1891. Rolston, em 1990, redescreveu o gênero e o incluiu em uma chave de identificação de gêneros de Discocephalini. Garbelotto, em 2015, incluiu duas espécies em uma análise filogenética da tribo Discocephalini. A análise do material disponível para revisão do gênero, oriundo de diversas localidades da Venezuela, Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai, revelou a existência de diversas espécies novas de Ischnopelta e de uma série com um macho e três fêmeas oriundos da Venezuela cuja morfologia geral e da genitália não eram consistentes com nenhum gênero no grupo broadheaded nem com outro gênero de Dicocephalinae. Por sua vez, a análise da distribuição das espécies de Ischnopelta suporta a hipótese de uma possível evolução associada a ecossistemas das chamadas áreas de formações abertas da América do Sul. A partir destas constatações, o gênero Ischnopelta foi revisado, I. scutellata e I. luteicornis foram redescritas, 20 espécies novas foram descritas e chaves de identificação para machos e fêmeas das espécies do gênero foram proposta. Foi ainda descrito um gênero novo para Discocephalini, Nigrisagitta gen. n., com base em características morfológicas. Foi proposta uma hipótese filogenética para Ischnopelta e realizada a análise biogeográfica utilizando a Análise Espacial de Vicariância. A presença de um sulco dorsal nos segmentos II e III das antenas e de intumescência nos 2/3 distais das prótibias foram identificadas como sinapomorfias exclusivas de Ischnopelta e a presença de um colarinho na porção proximal da espermateca foi relatado pela primeira vez para Discocephalinae. Nigrisagitta gen. n. pode ser diferenciado de outros gêneros de broadheaded discocephalines pela forma das búculas e do escutelo, o pigóforo achatado dorsoventralmente, a forma do segmento X nos machos, a falta de ring sclerites e a porção proximal da espermateca em forma de funil nas fêmeas. Ischnopelta foi recuperado como grupo monofilético em todas as análises com Nigrisagitta disctichus como grupo-irmão. Na maioria das análises Ischnopelta contem cinco clados, dois dos quais recuperados integralmente em todas as análises. A maioria das espécies de Ischnopelta tem distribuição total ou parcial em ecossistemas da diagonal de formações abertas na América do Sul, especialmente nas províncias do Cerrado e do Chaco. Foram recuperadas até 14 disjunções entre pares-irmãos nos nós do cladograma. A elevação dos Andes, a origem da diagonal de formações abertas, as transgressões marinhas e os eventos orogênicos na costa leste brasileira, além de variações climáticas estão entre os eventos associados à especiação em Ischnopelta. |