Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Jansen, Aline Castro |
Orientador(a): |
Padula, Antonio Domingos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/246184
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Resumo: |
Os atores do setor primário buscam soluções que auxiliem na gestão rural e proporcionem o aumento da produtividade de alimentos por meio de tecnologias e inovações. Neste cenário, a agricultura orgânica e agroecológica vem se tornando mais expressiva, com consumidores buscando alimentos mais saudáveis. E para facilitar a comercialização destes produtos, além de apoiar em diversos processos nos negócios rurais, as TIC recebem destaque e, em especial, o celular, que é a ferramenta digital mais amplamente adotada pelos produtores rurais. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever o comportamento de uso dos agricultores orgânicos e agroecológicos quanto aos aplicativos de smartphones. Para isso, optou-se por um estudo de métodos mistos. Primeiramente foi feito um levantamento na literatura dos modelos de adoção de tecnologia e as variáveis que os compunham, decidindo-se por seguir com a base deste estudo na UTAUT, propondo algumas adaptações no mesmo para o contexto agrícola. Para o levantamento a partir da utilização de métodos mistos, iniciou-se com a estratégia de coleta de dados qualitativa. Após, foram aplicados questionários por telefone, obtendo 157 respostas válidas. A partir disso, os dados foram analisados por meio de modelagem de equações estruturais com estimação por mínimos quadrados parciais (PLS-SEM). O modelo desenvolvido e testado é composto por quatro variáveis independentes: ‘expectativa de desempenho’, ‘expectativa de esforço’, ‘influências sociais’ e ‘restrições situacionais’; uma variável dependente: 'comportamento de uso'; e seis variáveis moderadoras: 'gênero', 'idade', 'experiência', 'escolaridade', 'tamanho da propriedade', 'membro de cooperativa'. A partir do arcabouço teórico empregado e das análises estatísticas realizadas, foi possível validar a estrutura analítica proposta e todas as quatro hipóteses formuladas sobre a relação entre as variáveis exógenas e a endógena foram suportadas. Já no caso das variáveis de controle, seis hipóteses foram rejeitadas, no entanto, ressalta-se que cada uma delas modera as relações entre, pelo menos, dois construtos exógenos e o endógeno. Dessa forma, o comportamento de uso do smartphone pelos agricultores orgânicos possui 66,5% da sua variância explicada pelas variáveis independentes. Dentre as funcionalidades mais acessadas pelos produtores no smartphone estão participar de grupos de WhatsApp das feiras e efetuar pagamentos virtualmente, já a adesão referente a aplicativos de gestão e de rastreabilidade ainda é baixa, de acordo com os resultados desta pesquisa. Os impulsionadores do seu uso são a comunicação se tornar mais acessível, a possibilidade de realizar vendas online e o aumento na agilidade nas tarefas do negócio. E quanto aos limitantes na adoção do smartphone, foram elencados principalmente fatores relacionados à confiabilidade e segurança dos dados, além da dificuldade de acesso à Internet. Assim, este trabalho constatou que a adoção de tecnologias digitais por produtores orgânicos e o seu uso estão atrelados ao que o mesmo espera que terá de retorno de desempenho e quanto de esforço precisará empregar, aos atores relevantes para ele que indicam o uso da ferramenta e a influências situacionais, como crises mundiais, alterações na legislação ou grandes mudanças que impactam no negócio, com tudo isso moderado por variáveis de controle, sendo algumas específicas para a agricultura, como tamanho da propriedade e membro de cooperativa. |