Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cipolat, Murillo Machado |
Orientador(a): |
Falci, Diego Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/266438
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Resumo: |
A histoplasmose é a segunda doença granulomatosa mais frequente em pacientes tratados com inibidores do TNF-α, depois apenas da tuberculose. No entanto, informações são limitadas quanto a sua incidência precisa, assim como a procedimentos de triagem pré-tratamento e a necessidade de terapias preventivas para pacientes que iniciarão imunobiológicos. Objetivo: Os principais objetivos deste trabalho foram determinar a prevalência e fatores de risco para histoplasmose disseminada em pacientes não-HIV recebendo terapias biológicas do tipo Anti-TNF-α. Objetivos secundários incluíram determinar morbidade e a mortalidade naqueles pacientes com infecção pelo Histoplasma capsulatum, assim como fatores de exposição associados à doença e variáveis clínicas que poderiam predizer a ocorrência de sua forma disseminada. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte que avaliou a prevalência de infecção por H. capsulatum em pacientes HIV-negativos assintomáticos antes do início de inibidores de TNF-α por meio do teste de antígeno de Histoplasma em amostras de urina. Todos os pacientes incluídos completaram um acompanhamento de 180 dias após o início da terapia para avaliar o aparecimento de sintomas sugestivos de histoplasmose. O trabalho também contou um uma Revisão Sistemática e Metanálise sobre a incidência de histoplasmose em pessoas em uso de inibidores do TNF-α. Resultados: Foram incluídos 54 pacientes, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, que receberam prescrição de agente inibidor de TNF-α para o tratamento de doenças autoimunes em dois centros localizados em Porto Alegre - RS, no sul do Brasil. Na triagem antes da terapia biológica, a prevalência de antígeno de Histoplasma urinário positivo foi de 14,8%. Nenhum dos 54 pacientes desenvolveu histoplasmose após 6 meses de terapia imunobiológica, incluindo os 8 pacientes que testaram positivo no período de rastreamento. Conclusão: A Revisão Sistemática e Metanálise sugeriu que o risco de histoplasmose durante a terapia inibitória do TNF-α pode ser consideravelmente maior do que o encontrado nas estimativas clássicas, especialmente em pacientes com Doença Inflamatória Intestinal. O estudo de coorte sugeriu que prevalência de infecção por Histoplasma capsulatum em pacientes crônicos pode ser maior do que o esperado, mas o impacto de uma infecção latente assintomática ainda é incerto, inclusive naqueles que iniciam tratamento com imunobiológicos como os inibidores de TNF-α. Nosso estudo não identificou fatores de risco para o diagnóstico de histoplasmose disseminada nesse grupo, incluindo teste de antígeno positivo antes do início da terapia biológica. Até o momento, não há evidências para recomendar triagem com teste para detecção de Histoplasma de rotina ou terapia preventiva antes do início de um inibidor de TNF-α. |