Quanto mais quente melhor : corpos femininos nas telas do cinema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Friederichs, Marta Cristina
Orientador(a): Felipe, Jane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128884
Resumo: QUANTO MAIS QUENTE MELHOR: corpos femininos nas telas do cinema tem como tema o corpo feminino tensionado a parir de cenas recortadas de quatro filmes do cinema: Quanto Mais Quente Melhor (Estados Unidos, 1959), dirigido por Billy Wilder; Transamérica (Estados Unidos, 2005), por Duncan Tucker, Elvis & Madona (Brasil, 2010), por Marcelo Laffitte e A Pele que Habito (Espanha,2011), por Pedro Almodovar. O cinema, compreendido como um dos possíveis espaços críticos para explorar os discursos sobre feminilidade, não apenas ensina os modos de ser e viver a feminilidade, mas constitui-se em um potente instrumento para se suspender essas mesmas posições de gênero e sexualidade que, muitas vezes, estabelecem hierarquias, binarismos, tautologias entre os corpos. Assim, esta pesquisa foi mobilizada pela seguinte questão: Como se tem deslocado, através de algumas cenas de filmes do cinema, as relações entre feminilidade, corpo, biopoder e verdade? Para tanto, foi inserida no campo de análise pós-estruturalista. Como referências teóricas foram adotados os Estudos de Gênero e a teoria Queer, principalmente as vertentes que se aproximam com as teorizações de Judith Butler e Michel Foucault, e também foram realizadas algumas aproximações com o campo dos Estudos Culturais. Como estratégia metodológica foi proposta uma ‘etnocartografia de cenas’, ou seja, uma compilação entre a ‘etnografia de tela’ e a cartografia. Sendo assim, diante do referencial teórico adotado, da perspectiva analítica proposta e das cenas dos filmes recortadas foi possível estabelecer quatro eixos de análises. Em um primeiro eixo, foi pensado o modo como as personagens são fabricadas como femininas através das técnicas de iluminação e de cores e através dos códigos que regulamentam a indústria cinematográfica. Em um segundo eixo, foi discutido o corpo feminino como efeito de discursos, abordando a teoria das ‘performatividades de gênero’ proposta por Judith Butler. No terceiro eixo de análise, a feminilidade foi problematizada articulada a um modo neoliberal de ser e viver os corpos e, em um último eixo, foi discutida a infantilização do feminino e a ‘pedofilização’ do corpo das mulheres. Para tanto, a feminilidade foi assumida como uma ficção biopolítica, possível de ser cambiante de uma cultura a outra, de uma época a outra, uma vez que é efeito de discursos, práticas e saberes.