Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Braunn, Patrícia Rodrigues |
Orientador(a): |
Ferigolo, Jorge |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56851
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Resumo: |
A Paleopatologia estuda os sinais de doenças em populações já extintas, entre elas os indicadores de estresse tais como a hipoplasia de esmalte (HE), caracterizada por reduções na espessura do esmalte sobre a superfície dentária, na forma de orifícios, sulcos ou ausência completa de esmalte sobre uma considerável área. Estes defeitos resultam de uma interrupção da atividade dos ameloblastos durante o processo de formação do esmalte devido a estresse fisiológico sistêmico, sendo amplamente utilizados em Paleopatologia Humana e de vertebrados não-humanos como indicativos de estresse ambiental e/ou nutricional. Além disso, com base na histologia do esmalte dentário, é possível relacionar alterações microestruturais neste tecido com o impacto de vários fatores de estresse sobre os ameloblastos secretórios. Toxodon, um grande e robusto mamífero notoungulado herbívoro, com dentes de crescimento contínuo, do Pleistoceno da América do Sul frequentemente tem HE, e a apresenta sob várias formas, tais como linhas ou séries contínuas de orifícios onde o esmalte é mais delgado. Estes defeitos são alternados com áreas de esmalte normal, onde pode haver de uma a seis formas de HE no mesmo dente. Neste estudo foram observados 502 dentes superiores e inferiores de Toxodon pertencentes à Coleção de Paleovertebrados do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e do Museu da Universidade Federal de Rio Grande, incluindo incisivos, pré-molares e molares de depósitos pleistocênicos da Formação Touro Passo e da Planície Costeira do Estado do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram comparados com resultados de inspeção macroscópica em 127 dentes superiores e inferiores de Toxodon de depósitos pleistocênicos da região pampeana da Província de Buenos Aires, Argentina, pertencentes ao Museo de La Plata. A classificação de seis tipos de HE observados foi realizada através de exame macroscópico direto e sob um estereomicroscópio. Nos molares superiores predominaram sulcos tênues sobre a superfície bucal, defeitos menos significantes do que aqueles observados nos dentes inferiores. Nos incisivos inferiores foram observados profundos sulcos sobre a superfície bucal em fileiras de orifícios mésio-distais, mostrando alterações cíclicas provavelmente devidas ao crescimento acelerado dos dentes eu-hipsodontes. Nos pré-molares inferiores foram observadas as alterações mais importantes, como séries de fileiras de orifícios verticais e mésio-distais, bem como orifícios distribuídos aleatoriamente. Para estudo comparativo com os resultados macroscópicos obtidos, oito espécimes foram analisados sob microscópio eletrônico de varredura, e sob microscópio óptico, os quais mostraram ocorrência de alterações microestruturais no esmalte. O esmalte subjacente ao orifício próximo de defeitos hipoplásicos era aprismático, perdendo o padrão prisma/interprisma, bem como proeminentes estrias patológicas (Bandas de Wilson) associadas. A condição patológica de sinais de HE em todos os tipos de dentes, com relativamente altas frequências em alguns, indica que provavelmente toxodontes foram expostos a condições severas de estresse, ou, mais provavelmente foi devida ao rápido crescimento dos dentes, os quais eram rapidamente desgastados. |