Avaliação de parâmetros toxicológicos de gama-decanolactona no modelo experimental de Caenorhabditis elegans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Campos, Glaucia Maria
Orientador(a): Pereira, Patricia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280835
Resumo: As doenças neurológicas representam um desafio significativo para a saúde pública, afetando milhões de pessoas globalmente. Assim, a busca por novas moléculas terapeuticamente úteis é de grande importância. Gama-decanolactona (GD) é uma lactona monoterpênica que demonstrou várias atividades em modelos animais, como efeito hipnótico, hipotérmico e anticonvulsivante. Mostrou-se neuroprotetora em diferentes modelos de crises epilépticas em camundongos, como crises induzidas por pentilenotetrazol (PTZ), pilocarpina, isoniazida e 4-aminopiridina. Demonstrou modular parâmetros inflamatórios e oxidativos, além de proteger danos induzidos ao DNA. Porém, o perfil de toxicidade de GD foi pouco explorado. Desta forma, este estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade e o perfil antioxidante da GD utilizando Caenorhabditis elegans (C. elegans) como modelo experimental, bem como em modelos in sílico. C. elegans fo i usado para determinar a concentração letal mediana (CL₅₀) de GD, bem como o seu efeito na sobrevivência, desenvolvimento, ensaios de reprodução, bombeamento faríngeo e resistência ao estresse oxidativo. A CL₅₀ calculada para GD foi de 212,16 ± 5,56 μM/ml. GD reduziu a sobrevivência dos vermes, tanto nos estágios L1 quanto L4, de maneira dependente da concentração. O desenvolvimento, a reprodução e bombeamento faríngeo de C. elegans, nas três concentrações testadas (25, 50, 100 μM/ml), não foram alterados por GD. No ensaio de estresse térmico, GD não alterou a sobrevivência padrão dos vermes. No ensaio de estresse oxidativo, peróxido de hidrogênio (H₂O₂) reduziu a sobrevivência de C. elegans, bem como o número de bombeamento faríngeo, sendo esses efeitos revertidos por GD no tempo de 1h de exposição dos vermes L1 ao H2O2 (50 μM/ml) e 2 e 3h após exposição ao H₂O₂ em L4 (25 e 50 μM/ml). O estudo in silico não indicou potencial hepatotóxico, cardiotóxico ou mutagênico para DG. Em conclusão, GD apresentou baixa toxicidade e um bom perfil antioxidante tanto nos ensaios in sílico e in vivo em C. elegans.