Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Scarton, Luciana Maria |
Orientador(a): |
Waquil, Paulo Dabdab |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/158912
|
Resumo: |
As cadeias curtas de abastecimento alimentar tornaram-se formas alternativas de produção, comercialização e consumo de alimentos, redefiniram as relações e as interações com os espaços sociais e com o ambiente institucional, criando novas ligações entre os produtores e os consumidores. Também permitiram ao consumidor fazer novos juízos de valor com base no seu próprio conhecimento e experiência, fazendo com que, além das diferenças intrínsecas e funcionais do alimento, como sabor, nutrição e saúde, as características externas como a saúde pública, meio ambiente, ética e justiça social se tornassem critérios de avaliação, competição e características de qualidade. Em breve pesquisa bibliométrica, observou-se que os estudos sobre as cadeias curtas de abastecimento alimentar abrangeram uma variedade de temas, como por exemplo, desenvolvimento rural, geografia econômica, sustentabilidade e segurança alimentar, além de temas mais atuais, como agricultura urbana e comportamento do consumidor. Ou seja, observou-se uma mudança no foco analítico visto que os estudos passam a considerar as práticas de consumo alimentar como pontos centrais de análise. No entanto, considerando o aumento das preocupações com a natureza da colaboração e do conflito entre os atores envolvidos, esta tese buscou na abordagem da cocriação de valor uma forma de estudar e analisar essas relações nos três tipos de cadeias curtas de abastecimento alimentar. Abordando uma realidade na qual o consumidor deixou de ser um ator passivo e passou a ter papel de fundamental importância no mercado, a cocriação de valor tem ganhado um espaço cada vez maior na literatura empresarial, porém, como esta tese irá demonstrar, ainda não foi aplicada em cadeias curtas de abastecimento alimentar, revelando o caráter inédito deste estudo e uma oportunidade de pesquisa valiosa. Baseando-se nos estudos de Prahalad e Ramaswamy e Vargo e Lusch, assume-se que a cocriação de valor ocorre no mercado e no momento de uso de um produto ou serviço, pressupondo a existência de um novo contexto, no qual o valor está na experiência e não mais no produto em si, ou seja, ela ocorre quando o consumidor e a empresa estão intimamente envolvidos em, conjuntamente, criar o valor, que é único para o consumidor individual e para a sustentabilidade da empresa. Sendo assim, partindo dessas premissas e baseando-se nos elementos descritos pelos autores como fundamentais para se caracterizar uma relação cogeradora de valor − diálogo, acesso, risco e transparência (DART) − esta tese procura responder à seguinte pergunta de pesquisa: Existe cocriação de valor nos diferentes tipos de cadeias curtas de abastecimento alimentar? Para tanto, realizou-se 04 estudos de caso em diferentes regiões do estado do Rio Grande do Sul, abrangendo a tipificação de cadeias curtas de abastecimento alimentar descrita por Renting et al. (2003). Revisão integrativa de literatura, entrevistas on-line e pessoais, assim como observação direta foram as ferramentas escolhidas para o levantamento dos dados secundários. Os resultados revelaram que não há evidências de cocriação de valor em todas as cadeias curtas de abastecimento alimentar estudadas, ressaltando que as mesmas possuem especificidades importantes que precisam ser consideradas quando se analisam as relações entre os atores envolvidos. |