Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Popik, Bruno |
Orientador(a): |
Alvares, Lucas de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271526
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Resumo: |
As memórias aversivas estão intimamente relacionadas com os distúrbios psiquiátricos, como fobias e transtorno de estresse pós-traumático. Neste trabalho é apresentada uma nova abordagem comportamental em modelo animal, ratos Wistar, que atenua de forma robusta e duradoura as memórias aversivas. Esse método consiste em reescrever a memória de medo através de um gatilho, por meio de um choque fraco de 0,1mA, aplicado durante as reativações. Desta forma a memória aversiva é atenuada pelos mecanismos da reconsolidação. Os resultados sugerem que o descondicionamento é mais eficaz do que a extinção tradicional na redução das respostas de medo; além disso, tais efeitos são duradouros e resistentes a renovação, ou seja, não é dependente do contexto, retreino, reinstalação, bem como não ocorre a recuperação espontânea. Notavelmente, essa estratégia superou as condições limitantes da reconsolidação, como as memórias traumáticas remotas ou muito fortes. O mesmo efeito benéfico ocorreu tanto em machos quanto em fêmeas e demonstramos em diferentes tarefas comportamentais relacionadas a memória de medo. Ademais, foram desvendados alguns dos mecanismos celulares e moleculares atuantes no descondicionamento, tais como os canais de cálcio dependentes de voltagem do tipo L, pelos receptores CP-AMPA e NMDA-GluN2B, receptores IP3 (estoque intracelular de cálcio), pelos receptores CB1 e pela atividade das proteínas calpaínas. Por fim, foi demonstrado que o descondicionamento ocorre apenas dentro de um limite de discrepância em relação da intensidade de treino (0,3mA a 1mA) com os choques fracos aplicados durante as reativações (0,1mA), e que requer uma janela de temporal mínima de 6h entre as reativações. Os achados contribuem para uma melhor compreender de como as memórias do medo pode ser atenuada, além de atuar como uma possível estratégia de tratamento para transtornos emocionais. |