Relações entre bem-estar subjetivo e a satisfação das crianças com suas famílias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vieira, Lisiê Pitaluga
Orientador(a): Bedin, Lívia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250598
Resumo: Esta dissertação investigou as relações entre bem-estar subjetivo e satisfação com a família sob o ponto de vista das crianças, por meio de dois estudos: um quantitativo e outro qualitativo. O estudo quantitativo buscou descrever e comparar o bem-estar e os índices relativos à satisfação com a família por idade, sexo e tipo de escola das crianças, além de analisar a contribuição da satisfação com a família nos índices de bem-estar subjetivo a partir dos dados de 622 crianças, entre oito e 12 anos, de Porto Alegre/RS, parte da 3ª onda do projeto Children’s Worlds. Os resultados apontam que os índices de bem-estar tendem a cair com o avanço da idade das crianças. As médias de bem-estar e de satisfação com a família foram significativamente mais baixas para as meninas e para as crianças estudantes de escolas públicas. As relações familiares foram preditoras do bem-estar das crianças, explicando aproximadamente 40,9% da variância do bem-estar. O estudo qualitativo, por sua vez, buscou compreender as percepções das crianças sobre família e bem-estar. Foram realizados dois grupos focais, sendo um on-line e outro presencial, com 13 crianças com idades entre nove e 10 anos de escolas públicas de Porto Alegre/RS. As transcrições foram analisadas com base nos pressupostos da análise temática. Relatos sobre felicidade no contexto familiar englobaram, necessariamente, o tempo de qualidade compartilhado. Dentre as necessidades emocionais das crianças, a segurança, o interesse dos adultos no mundo da criança, e o respeito às suas ideias e desejos parecem ser processos-chave relacionados ao seu bem-estar e na manutenção das relações familiares. As crianças também destacaram as consequências nocivas do uso do celular. Pode-se considerar que os resultados dos dois estudos se complementam, à medida que cada um investigou e aprofundou aspectos relevantes à sua maneira, acrescentando ao campo de estudos do bemestar infantil.