Avaliação de caquexia reumatoide em pacientes com artrite reumatoide e sua relação com desfechos clínicos, funcionais e terapêuticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moro, Ana Laura Didonet
Orientador(a): Xavier, Ricardo Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/151463
Resumo: Base Teórica: A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica e inflamatória que além de sintomas articulares pode levar à perda de massa muscular com peso estável ou aumentado, condição denominada caquexia reumatoide (CR). A CR está associada com pior prognóstico, mas ainda é negligenciada na prática clínica. Objetivo: Avaliar a prevalência de CR em um hospital público terciário de Porto Alegre e determinar sua correlação com características da AR, com níveis de atividade física e com as medicações em uso. Métodos: Estudo transversal com 91 pacientes com AR que foram submetidos à densitometria corporal total (DEXA) para medida total e regional de índice de massa gorda (IMG; Kg/m2), índice de massa magra (IMM; Kg/m2), conteúdo mineral ósseo (CMO) e índice de massa livre de gordura (IMLG; Kg/m2) para avaliar a prevalência de CR pelas duas definições mais recentemene utilizadas na literatura: IMLG < percentil 10 com IMG > percentil 25 e IMLG < percentil 25 com IMG > percentil 50. Foram exploradas as medidas de associação dos parâmetros de composição corporal com características da AR – idade, duração da doença, atividade de doença (através do DAS 28), capacidade funcional (através do HAQ), atividade inflamatória (através da proteína C reativa – PCR – e velocidade de hemossedimentação – VHS), nível de atividade física (através do questionário IPAQ) e medicações em uso. Resultados: A idade média dos participantes foi 56,8 ± 7,3, a duração de doença foi 9 anos (3-18), o DAS 28 3,65 ± 1,32, o HAQ 1,12 (0,25 – 1,87) e o tempo de uso entre os que usaram biológico foi de 25 meses (17,8 – 52,5). A CR foi evidenciada em 17,6% dos pacientes com AR de acordo com a definição mais rigorosa e em 33% de acordo com a classificação mais abrangente. O IMLG teve correlação negativa com idade (r= -0,219; p=0,037) e duração da doença (rs= -0,214; p=0,042). O IMG teve correlação positiva com PCR (rs=0,229; p=0,029), VHS (rs=0,235; p=0,025), DAS 28 (rs=0,273; p=0,009) e HAQ (rs=0,297; p=0,004). Na comparação de pacientes com e sem CR, de acordo com a definição mais rigorosa, dos 26 pacientes usando biológico apenas 1 tinha CR (3,8%), enquanto dos que não usavam, 15 (23%) tinham CR (p=0,033). Conclusão: A prevalência de CR foi considerável e, portanto, merece estudos adicionais. A composição corporal neste estudo, especialmente o IMLG, teve associação inversa com idade e tempo de diagnóstico. Além disso, pacientes em uso de biológico tiveram diferença significativa na prevalência de CR, sugerindo papel protetor do uso de biológico na CR.