Representações na literatura surda : produção da diferença surda no curso de letras-libras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pokorski, Juliana de Oliveira
Orientador(a): Karnopp, Lodenir Becker
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/107941
Resumo: Esta dissertação, vinculada aos Estudos Culturais em Educação e aos Estudos Surdos, procura responder à pergunta “Que representações sobre a diferença surda circulam nas produções literárias dos alunos do curso de graduação em Letras-Libras?”. Objetiva descrever o material empírico utilizado na pesquisa; investigar as recorrências e singularidades nas narrativas sobre as experiências de ser surdo; e analisar as representações sobre a diferença surda que circulam nas produções literárias dos alunos do curso de graduação em Letras-Libras, através da análise de trinta e sete (37) vídeos, entre poesias, fábulas, piadas e outras narrativas, elencadas a partir da disciplina de Literatura Surda. Tendo como conceitos-ferramenta para as análises aqui postas, a representação (HALL, 1997), identidade e diferença (WOODWARD e SILVA, 2009) percebo a literatura surda como produtiva no sentido de constituir modos de ser surdo e de experienciar a surdez. Fica evidente, durante a análise, o papel dessas produções em demarcar espaço de resistência aos modos de narrar os surdos a partir da falta e da deficiência, denunciando práticas excludentes, dando ênfase ao papel da comunidade e da língua de sinais para a constituição do sujeito surdo; o valor em registrar as narrativas da comunidade surda em Libras, oportunizando aos surdos dizerem sobre si e sobre suas relações com os diferentes. Ainda, observa-se uma exaltação da língua de sinais para além do valor comunicativo, como um meio de produção e registro cultural, assim como principal fonte para uma mudança de olhar sobre os sujeitos surdos.