(In)sustentabilidade da carreira de secretário(a)s executivo(a)s em instituições federais de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Millan, Alice Distler
Orientador(a): Oltramari, Andréa Poleto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257298
Resumo: Em um mercado de trabalho volátil observa-se a presença de fatores contextuais, que são baseados em aspectos estruturais do mercado de trabalho, e que tem suscitado uma insustentabilidade na carreira de secretariado executivo ao longo do tempo. Esses fatores perpassam desde os preconceitos e estigmas sociais da profissão de secretariado executivo, extinção dos cursos de secretariado executivo, absorção de vagas de secretariado executivo por profissionais de outras áreas e terceirização do cargo de secretariado executivo na administração pública federal. Nesse sentido, entende-se que tais fatores contextuais contribuem para um choque de carreira identificado no âmbito das Instituições Federais de Ensino (IFEs): o decreto federal nº 9.262/2018, que veda a abertura de concurso público e provimento de vagas adicionais para o cargo de secretário executivo nas IFEs, enfoque principal desse estudo. Para tanto, a questão de pesquisa engloba compreender como o(a)s secretário(a)s executivo(a)s estão ressignificando suas carreiras diante da vedação de abertura de concurso público e provimento de vagas adicionais para o cargo de secretário executivo nas IFEs a partir do Decreto federal nº 9.262/2018? Em relação ao método, foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter exploratório e com a aplicação de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistado(a)s dezoito secretário(a)s executivo(a)s estatutário(a)s, graduado(a)s em secretariado executivo, de onze IFEs e que integram as cinco regiões brasileiras. Os resultados apontam que as condições relacionadas à insustentabilidade da carreira de secretariado executivo já se mostravam presentes por meio dos fatores contextuais durante a trajetória desses profissionais, previamente a publicação do Decr et o f ederal nº 9. 26 2/ 2018 Nesse sent i do, a ainda que os trabalhadores demonstrem incapacidade para reverter o choque de carreira do Decreto Federal, suas práticas, sentidos e subjetividades constatam estratégias que possibilitam a ressignificação de sua carreira e a atenuação dos impactos do choque através de alternativas de emprego fora do secretariado ou migrações para outras graduações. No entanto, o Decreto dispensa os profissionais de um grande nicho de mercado de trabalho e interrompe a possibilidade de um quadro profissional capacitado e qualificado, configurando-se em uma carreira insustentável no âmbito das IFEs.