O Brasil através das lentes da produtividade do trabalho : uma análise setorial de longo prazo (1950-2011)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Falleiro, Marcos Paulo da Silva
Orientador(a): Fonseca, Pedro Cezar Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238342
Resumo: Esta tese investiga a produtividade do trabalho brasileira de 1950 a 2011, uma análise de longo prazo, portanto, com o intuito de averiguar a razão que faz com que o desempenho dessa variável não apresente um crescimento sustentado. Nesse sentido, entre 1950 e 1980, a produtividade do trabalho apresentou trajetória condizente com as economias mais desenvolvidas e que mais cresceram no âmbito mundial. Entretanto, a partir de 1990, após conturbada década de 1980 para a economia brasileira, essa variável não conseguiu retomar suas taxas de aumento que tivera nos primeiros trinta anos do período sob análise. Seu desempenho, ao contrário, foi contido e oscilante. Para buscar a razão para tal trajetória conduziu-se estudo de forma setorial, usando a divisão de 10 setores presentes na base de dados do Groningen Growth and Development Center (GGDC), e fazendo uso da metodologia de decomposição shift-share, muita usada na literatura econômica para investigar o processo de mudança estrutural. Os resultados mostraram que este processo ocorreu de forma muito diferente entre os períodos analisados. Enquanto no primeiro os trabalhadores deslocaram de setores de baixa produtividade, como a Agropecuária, para aqueles com produtividade em alta, como a Indústria de Transformação; após 1990 o pessoal ocupado foi absorvido, majoritariamente, por setores ligados a atividades de serviços, os quais apresentaram desempenho pífio ou declinante para essa variável. Essa caracterização fez com que o processo de mudança estrutural assumisse um caráter redutor da produtividade do trabalho e, por consequência, do crescimento do produto nas últimas décadas. A partir dessa constatação, então, investigou-se as possíveis causas da estagnação da produtividade do setor de serviços. Ao fim, é proposto uma política pública cuja finalidade seja romper com esse ciclo vicioso, de forma que permita uma aceleração nos ganhos da produtividade do trabalho da economia brasileira.