Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alberti, Fernanda Fávero |
Orientador(a): |
Pilger, Diogo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219137
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Resumo: |
A fibromialgia (FM) é uma condição crônica de dor que se apresenta no contexto global com acentuada utilização de assistência de saúde. O objetivo desta dissertação foi de compreender quais são os custos associados ao tratamento de pacientes com FM e comparar indiretamente evidências de eficácia relativa de medicamentos utilizados para o seu manejo. No primeiro artigo, foi conduzida uma revisão de escopo (scoping review) nas bases de dados Medline/Pubmed, Scielo e Lilacs visando identificar artigos publicados sobre custos da assistência à saúde. No segundo artigo, foi conduzida uma revisão guarda-chuva de revisões sistemáticas (RS) nas bases de dados Medline/Pubmed e Cochrane Library para identificar estudos primários que incluíram amitriptilina (AMT) ou duloxetina (DLX) ou pregabalina (PGB). Diferentes doses da mesma intervenção foram consideradas como diferentes opções terapêuticas. Os desfechos primários foram redução da intensidade da dor em 30% e 50% (R30 e R50). Uma rede de evidência utilizando modelo de efeito fixo foi ajustada para cada desfecho. Também foi estabelecido um ranqueamento conforme o surface under the curve (SUCRA). Como resultados, no primeiro artigo, foram selecionados 09 estudos, onde os custos diretos anuais (ano base 2019), representaram de 10,5% a 37,6% dos valores dos custos totais por paciente. A média anual de custos indiretos representou de 62,4% a 89,5% dos custos totais. No segundo artigo, foram identificadas 8 RS e, destas, selecionados 15 ensaios clínicos avaliando AMT (n=273), DLX (n=2.595) e PGB (n=3.506) contra placebo. O total de 11 estudos clínicos apresentou risco baixo de viés avaliado pela ferramenta Rob 2.0 da Cochrane Library. A rede de comparações mostrou todas as opções a menos de DLX 20mg e 30 mg superiores a placebo e PGB 450 mg foi superior a DLX 30 mg e PGB 150 mg (R30). A AMT 25 mg foi superior a todas as alternativas e DLX e PGB em todas as doses superiores à DLX 30 mg e a PGB 150 mg (R50). O cálculo do SUCRA aponta AMT 25 mg como o medicamento de melhor desempenho e placebo como o pior (R50), além de PGB 450 mg como o de melhor desempenho e PGB 150 mg o pior (R30). Por fim, através da síntese qualitativa de evidências a respeito dos custos associados à FM, pode-se perceber a necessidade de estudos para compor estratégias de minimização de custos. Em relação ao manejo, observou-se o potencial de eficácia dos três medicamentos sintetizando os principais dados para nortear a prática clínica e orientar a elaboração de políticas de saúde na assistência ao paciente com FM. |