Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, André Luis Silva dos |
Orientador(a): |
Hinrichs, Ruth |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213519
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Resumo: |
A norma internacional que rege a identificação de GSR (do inglês gun shot residue) (ASTM E1588) é dirigida principalmente para GSR de munição convencional, que contém os elementos antimônio, bário e chumbo (Sb, Ba, Pb). As munições livres de chumbo (NTA do inglês non toxic ammunition), referidas na norma, não são equivalentes àquelas fabricadas no Brasil pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC). Desta forma é necessário propor novos subsídios para o reconhecimento de partículas provenientes da deflagração de munição NTA brasileira. Para avaliar as modificações no aspecto morfológico e químico do resíduo de tiro em comparação ao GSR de munição convencional e a influência da contaminação da arma, foram produzidos resíduos de disparo de munição NTA utilizando arma limpa (NTA1), arma contaminada (NTA2) e outra arma habitualmente utilizada com munição convencional (NTA3). Também foi recolhido o resíduo de uma espoleta deflagrada por impacto, sem uso de arma (NTA0). O GSR foi analisado com microscópio eletrônico de varredura (MEV) e por microanálise com raios X característicos (EDS). As partículas mais indicativas de GSR de NTA-CBC foram partículas com morfologia botroidal e composição orgânica com traços de outros elementos leves, recobertas com spray metálico micrométrico. Na assembleia de partículas observadas, foram também frequentes os fragmentos arredondados de cloretos de sódio e potássio. O spray metálico das amostras NTA1 continha majoritariamente cobre ou ferro. Quando comparado com o spray metálico do NTA0, observou-se a redução do elemento zinco e o aumento da presença de ferro, o que foi atribuído à maior perda de zinco do latão da espoleta na condição mais quente do disparo com propelente. O aumento de ferro foi atribuído ao material de desgaste do interior do cano da arma. Depois de contaminar a arma nova com tiros de munição contendo Sb, Ba e Pb, observou-se aumento destes elementos no spray dos tiros subsequentes com munição NTA (NTA2) por um fator de 5 a 15 vezes, observados em frequência semelhante nos tiros da arma “suja” (NTA3). Desta forma, a norma ASTM E158817 vai permanecer apropriada para detecção de GSR enquanto a munição convencional estiver sendo utilizada eventualmente, tendo em vista que partículas características de GSR convencional são observadas nos disparos subsequentes de munição NTA. Apenas em armas completamente livres de contaminação ou no caso de não ocorrerem partículas univocamente atribuíveis a resíduos de tiro, a detecção de GSR deve ser complementada pela observação da presença partículas botroidais orgânicas revestidas com spray de cobre, ferro e/ou zinco. |