Ictiofauna de arrozais e áreas úmidas naturais do extremo sul do RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pagel, Isadora Adamoli
Orientador(a): Guerra, Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/289650
Resumo: As áreas úmidas prestam muitos serviços ecossistêmicos, dentre esses está a conservação e manutenção da biodiversidade, ameaçada por diferentes usos da terra. A lavoura de arroz irrigado é um dos cultivos agrícolas que causa muitos impactos nas áreas úmidas do extremo sul do Brasil, porém é considerada área úmida artificial. O objetivo deste estudo foi avaliar se a fauna de peixes de áreas úmidas artificiais difere de áreas úmidas naturais bem como avaliar essa diferença em dois tipos de manejo de lavouras de arroz irrigado: manejo convencional e orgânico. Foram realizadas coletas em três lavouras convencionais, três orgânicas e cinco áreas úmidas naturais (banhados) próximas a lagoa Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar sendo feitas três coletas ao longo do tempo no período de fevereiro a abril de 2012, onde os peixes foram coletados com puçás. Dados da riqueza, abundância e composição das espécies foram submetidos a análises estatísticas para verificar a diferença entre as lavouras e os banhados e entre os diferentes manejos das lavouras. Foi observada maior abundância da ictiofauna nos banhados do que nas lavouras e uma composição de espécies diferente entre esses locais, porém a riqueza não foi significativamente diferente. Já quanto aos diferentes manejos não foi possível identificar diferença na riqueza, abundância e nem composição. Os arrozais não podem ser considerados equivalentes a áreas úmidas naturais, mas podem ajudar a manter uma fração da comunidade de peixes no período que estão alagados. Apesar dos diferentes manejos não terem sido considerados diferentes estatisticamente, práticas agrícolas com menor impacto sobre o ambiente devem ser melhor estudadas para minimizar o estresse que pode ser causado aos peixes, garantindo assim, a prestação de alguns serviços ambientais como a manutenção da biodiversidade nas áreas produtivas.