Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Soares, Pedro Henrique Rigotti |
Orientador(a): |
Stefani, Marco Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/252378
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Resumo: |
Quando há ruptura espontânea de um aneurisma cerebral, ocorre o sangramento e a formação de coágulono espaço subaracnoídea. A condição resultante, conhecida como Hemorragia Subaracnoídea(HSA), resulta freqüentemente em morte ou incapacidade severa. Dados de estudos populacionais sugerem que a incidência varia de 2 a 22,5 por 100 mil. As taxas de mortalidade variam de 32 a 42% e de 25 a 50% dos pacientes evoluem para óbito nas primeiras 24 horas. Escores clínicos, principalmente escore fisiológico agudo simplificado 3 (SAPS 3), são frequentemente utilizados como forma de predizer mortalidade e desfechos clínicos em pacientes internados em leitos de Unidade de Teria Intensiva(UTI) ao passo que escores clínicos como a escala de Hunt-Hess, escala da Federação Mundial de Neurocirurgia (WFNS) são frequentemente utilizados para a graduação da HSA. Foi realizado estudo de coorte restrospectiva unicêntrico em UTI com atendimento anual de 70 casos para comparar o SAPS3, com a pontuação de Hunt e Hess e de WFNS, como um preditor de mortalidade e com a pontuação da escala de Rankin modicada(mRS) para avaliação de desfecho neurológico. Foram coletados os dados demográficos de 303 pacientes, além das pontuações nos escores clínicos de SAPS 3, WFNS e Hunt e Hess. Foi calculada a área sob a curva de ROC (AUROC) como valor de preditor de mortalidade e correlação de Spearman para desfecho neurológico do SAPS 3. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, com média de idade de 54,8 anos, sendo hipertensão e tabagismo as comorbidades mais frequentes. A mediana e o interquartil do SAPS 3, Hunt e Hess e WFNS foram de 45(38-61), 2(1-4) e 2(1-4), respectivamente. As taxas de complicações como ressangramento foram de 10,2%, e de isquemia cerebral tardia foram de 18,8%. O tratamento definitivo predominante foi a clipagem aneurismática com 60,1% dos casos e a mortalidade foi de 29,7%. AUROC do SAPS 3 foi de 0,82(0,76-0,87 – IC 95% e p<0,001) em comparação com a AUROC do Hunt e Hess 0,81 (0,76-0,87 – IC 95% e p<0,001) e com a AUROC do WFNS 0,81 (0,75-0,87- IC 95% e p<0,001). A correlação de Spearman para o SAPS 3 como preditor de desfecho neurológico comparada com a mRS foi de rs=0,52, p<0,001 na alta, de rs=0,54, p<0,001 em 6 meses após a alta hospitalar e de rs=0,56, p<0,001 em um ano após a alta hospitalar. O escore de SAPS 3 é um bom preditor de mortalidade em pacientes com HSA e apresenta uma correlação moderada para desfecho neurológico. |