Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Jéssica Morgana Gediel |
Orientador(a): |
Souza, Sônia Beatriz Cócaro de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/236362
|
Resumo: |
Introdução: O profissional de enfermagem trabalha com pessoas, saudáveis e doentes, em ambientes de alta, média e baixa complexidade. Dessa forma, esse profissional está sujeito a reagir ao contato com esses pacientes e familiares, podendo experimentar sentimentos de compaixão que podem ou não afetar sua qualidade de vida profissional. O profissional de enfermagem tem de lidar, também, com os colegas, chefias, ambiente e recursos no trabalho, que podem gerar estresse ocupacional nesses indivíduos. Além disso, atualmente o Brasil e o mundo passam por uma nova realidade na sociedade e no ambiente hospitalar devido à pandemia por COVID-19, que se originou na China. Objetivo: Identificar os níveis de qualidade de vida profissional e o estresse ocupacional em profissionais da enfermagem de unidades de internação. Metodologia: Estudo quantitativo transversal e aninhado no projeto de pesquisa “Efeito do biofeedback no estresse, ansiedade e qualidade de vida profissional nas equipes de enfermagem em um hospital universitário: ensaio clínico randomizado”. A pesquisa foi desenvolvida em unidades de internação para pacientes clínicos e cirúrgicos de um hospital de grande porte, com atendimento ao Sistema Único de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2020, através do preenchimento de questionários autoaplicáveis: questionário sociodemográfico e de informações sobre saúde, escala de estresse no trabalho e qualidade de vida profissional. O tamanho amostral foi calculado por meio do programa Winpepi com poder de 80%, nível de significância de 5%, resultando em 150 sujeitos. A amostragem foi aleatória, estratificada de acordo com o número de profissionais, com distribuição de dois técnicos ou auxiliares de enfermagem para cada enfermeiro pesquisado. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS, versão 25, foram utilizados testes não paramétricos. Este projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob Certificado de Apresentação de Apreciação Ética 23346619000005327. Resultados: A amostra incluiu 127 (84,7%) profissionais do sexo feminino com média de idade de 43 anos (± 8,89). Quanto às categorias, 33,3% (50) eram enfermeiros e 66,7% (100) eram técnicos e auxiliares de enfermagem. Na escala de estresse no trabalho, verificou-se que a média total dos escores foi de 1,9 (± 0,71), sendo considerada como nível moderado de estresse. As faixas de idade “menor de 30 anos” e “maior de 60 anos” não apresentaram escores de altos níveis de estresse. Observando separadamente as subescalas de qualidade de vida profissional, verificou-se que satisfação por compaixão (SC) teve mediana de 50,3 (9,1 – 64,6), burnout (BO) de 48,5 (32,2 – 84,8) e estresse pós-traumático (ETS) de 47,1 (38,6 – 98,3). Todos os escores encontrados são considerados como moderados. Entre as subescalas, observou-se que a satisfação por compaixão apresentou correlação inversa e moderada na subescala de burnout (ρ = -0,416; p = 0,000), sendo que na de estresse traumático secundário foi inversa e fraca (ρ = -0,272; p< 0,001). A correlação entre as duas subescalas da fadiga por compaixão foi positiva e moderada (ρ = 0,464; p = 0,000). Relacionando estresse e qualidade de vida no trabalho, observou-se que, conforme aumentam os níveis de estresse, diminuem os níveis de qualidade de vida profissional. Verificou-se associação significativa entre prática de atividade física e resultados elevados de satisfação por compaixão (X² = 6,397; p = 0,041). Ocorreu também uma tendência de relação (X² = 5,992; p = 0,05) entre fadiga por compaixão e renda familiar inferior a quatro mil e quinhentos reais. Conclusão: Observou-se maior prevalência de estresse ocupacional na categoria de técnicos de enfermagem, bem como maiores níveis de Fadiga por Compaixão. |