Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mariot, Márcia Dornelles Machado |
Orientador(a): |
Silva, Clecio Homrich da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/231978
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a influência do ganho de peso materno, em diferentes condições clínicas gestacionais e seus ambientes intrauterinos adversos, sobre o ganho de peso do recémnascido, do lactente e do pré-escolar. Métodos: Trata-se de uma investigação observacional longitudinal numa coorte múltipla prospectiva e controlada, realizada com 372 pares mãefilho. O presente estudo faz parte de dois projetos de pesquisa denominados Impacto das Variações do Ambiente Perinatal sobre a Saúde do Recém-Nascido nos Primeiros Seis Meses de Vida (IVAPSA) e Variações do Ambiente Perinatal sobre a Saúde do Recém-nascido nos Primeiros Cinco Anos de Vida. O projeto IVAPSA teve como objetivo, em sua primeira fase, avaliar os lactentes durante os seis primeiros meses de vida oriundos de quatro grupos causais de diferentes ambientes intrauterinos adversos (gestantes Tabagistas, Diabéticas, Hipertensas e com Restrição de Crescimento Intrauterino) e um grupo Controle e, na segunda fase, avaliar crianças durante os primeiros cinco anos de vida. Nesse estudo, foram analisados dados sociodemográficos, do pré-natal, perinatais e pós-natais, com ênfase nos aspectos nutricionais. Em um primeiro momento, a correlação de Pearson e a Regressão Multivariada foram utilizadas para verificar a relação do Ganho de Peso Gestacional (GPG) com o peso do recémnascido, nas diferentes condições clínicas gestacionais. Em um segundo momento, o GPG foi categorizado como "insuficiente", "adequado" e "excessivo" e o modelo de Equações de Estimativas Generalizadas foi usado para avaliar as mudanças do escore-z referente ao Índice de Massa Corporal (IMC) da criança nos 6 meses e na idade pré-escolar conforme o GPG e o grupo gestacional. A pesquisa foi aprovada e conduzida, de acordo com os preceitos éticos e metodológicos, previstos na resolução 466/2012, e foi devidamente aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa dos hospitais envolvidos no estudo. Resultados: Observou-se uma correlação positiva entre o GPG e o peso ao nascer nos grupos Tabaco (p=0,003) e Controle (p=0,001) que, mediante modelo ajustado, permaneceu positiva somente no grupo Controle (p<0,004). Quando analisado o GPG e sua correlação com o peso aos 6 meses e do préescolar, observou-se um efeito de interação tripla entre o grupo gestacional, o ganho de peso e o tempo (p=0,020). O ganho de peso materno acima do recomendado está associado a um aumento significativo do escore-z IMC da criança ao longo do tempo, exceto nos filhos de gestantes tabagistas. Filhos de mães dos grupos Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão (HAS) e Controle, que tiveram um ganho de peso acima do recomendado na gestação, modificaram seu estado nutricional de eutrofia para de excesso de peso, tornando-se obesos nos grupos DM e Hipertensão e com sobrepeso no Controle. Conclusão: O GPG influenciou no peso ao 9 nascer dos recém-nascidos do grupo Controle e associou-se ao escore-z IMC no sexto mês e na faixa etária pré-escolar com diferenças, de acordo com as condições clínicas gestacionais e seus ambientes intrauterinos adversos. O monitoramento do GPG deve ser efetivo para evitar que as crianças possam desenvolver sobrepeso ou obesidade na idade pré-escolar com importante impacto nas condições de saúde a longo prazo. |