Histórias de nunca acabar : um lugar possível para a escuta psicanalítica na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ezequiel, Verônica da Silva
Orientador(a): Moschen, Simone Zanon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/274528
Resumo: O presente trabalho parte da retomada de pequenos textos escritos no transcurso de experiência de escuta psicanalítica em uma rede de escolas de educação infantil. A retomada desses textos foi vetorizada, inicialmente, por indagações sobre a natureza do que esses escritos registravam, a forma como o faziam e o desejo – quase uma necessidade – ao qual eles respondiam. No âmbito dessa pesquisa, retomamos esses escritos e nos perguntamos acerca do lugar da escuta psicanalítica na Educação Infantil. O trabalho com os registros escritos das cenas permitiu deles decantar quatro possíveis princípios norteadores do trabalho de escuta nas escolas. O primeiro princípio diz respeito à criação e à sustentação de um olhar estrangeiro e curioso para o cotidiano escolar. O segundo princípio aponta para uma posição de antecipação em abertura frente ao trabalho junto à infância. O terceiro nos leva a pensar a escola de educação infantil como espaço de fabricação de superfície e corte. Um quarto princípio indica a importância de zelarmos para que o brincar simbólico atravesse as muitas camadas do cotidiano das instituições. Ainda como derivação da investigação, a pesquisa discute a escrita de cenas escolares como um dispositivo que pode estabelecer condições para a escuta do que não se revela de pronto no dia a dia escolar e, nessa medida, como um fazer que permite abordar o cotidiano de forma a encontrar nele suas aberturas polissêmicas.