Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Mariana Saldanha da |
Orientador(a): |
De Conti, Luciane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221727
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Resumo: |
A presente dissertação teve como objetivo analisa uma forma específica de silêncio que se produziu durante sessão de psicoterapia psicanalítica: o silêncio potente. Esse silêncio é compartilhado entre psicanalista e paciente e resultado de um processo marcado por diferentes momentos de silêncio vivenciados na experiência psicanalítica. Para atingir tal objetivo, o método psicanalítico de investigação norteou o estudo, cujo material foi composto por dois fatos clínicos em que essa forma de silêncio esteve presente. A análise dos fatos clínicos demonstra que o silêncio potente aparece no percurso psicoterapêutico como um espaço de abertura para o inconsciente no qual movimentos psíquicos podem ocorrer e gerar torções em percepções previamente estabelecidas permitindo, por consequência, a possibilidade do novo e da criação. Fazer silêncio durante a sessão equivale a mostrar o inconsciente pulsional, mas também a convocá-lo de novo, pois é nesse “nada” posto no espaço de silêncio potente que o sujeito do inconsciente vive. A análise do material permite pensar também que existe uma marca de leveza, de jogo, de brincadeira no silêncio potente em questão, o qual se constitui em um espaço lúdico do sujeito com ele mesmo. Ele aparece em um lugar semelhante ao do brincar para a criança e a arte para o adulto. Dessa forma, seria possível perceber o silêncio potente, assim como o brincar, como um espaço potencial e como uma possibilidade de playground terapêutico. Outro ponto relevante da pesquisa foi a percepção de que o silêncio potente é resultado de um processo marcado por silêncios que o antecedem e que compõem uma caminhada silenciosa que prepara o terreno para o seu surgimento. Aspectos intersubjetivos como a presença sensível e o silêncio da analista surgem como fatores de interferência nesses movimentos silenciosos iniciais. |